quinta-feira, março 29, 2007

Um apelo para os manos

O escritório onde eu trabalho já foi arrombado umas três vezes nesses últimos tempos. O fato é que os malandros encontraram uma brecha, e estão se aproveitando dela na calada da noite. Da última vez levaram até um presente que eu tinha comprado pra dar a uma amiga de aniversário.

Agora eu confesso que a possibilidade deles voltarem tem me deixado apreensiva. Quer dizer, o que tem me preocupado na verdade não é bem a volta deles. O problema maior é que cada vez que eles arrombam o escritório, eles destroem o sistema de alarme, daí somos obrigados a chamar o moço da assistência técnica. E é aí que mora o problema.

O moço do alarme é um sujeito bonzinho, mas é meio desligado, vamos dizer assim. Ele usa uma calça de elástico na cintura, que na verdade já perdeu o elástico há muito tempo, portanto cada vez que ele caminha a calça literalmente cai, deixando ele totalmente desguarnecido nos fundos.

Olha, eu já perdi as contas da quantidade de vezes que vi aquele traseiro peludo! Eu fico completamente desconcertada, mas não tem o que fazer. Não é a mesma coisa que dizer “olha moço, seu tênis esta desamarrado” ou “tem um grão de arroz aí no seu nariz” então a única coisa que me resta fazer e ficar olhando para o teto. Mas eu tenho olhado muito para o teto ultimamente.

Meu desespero é tanto que já estou até pensando em deixar esse recado para os assaltantes:

“Mano, o negócio é o seguinte. Quer roubar, rouba! Mas, por favor, não destrua o sistema de alarme”.

E depois rezar para que de certo!