quarta-feira, abril 08, 2009

É proibido fumar

Eu não fumo, detesto cheiro de cigarro e tenho náuseas de cinzeiro lotado de bituca queimada.



Mas apesar de tudo isso, não sou uma militante contra o fumo. Não me importo de sentar em área de fumante em restaurante e nem peço que fumem fora de casa quando algum fumante vai lá. Aliás, a menos que o dono da casa sofra de crise asmática com chances de parar na uti na próxima crise, acho essa atitude tremendamente descortês com a visita. E por mais incrível que pareça, quem sempre faz isso, são ex-fumantes.

É claro que eu sei que o fumo faz mal e coisa e tal e fico feliz quando algum amigo decide parar de fumar, porque imagino que deve ser um vício dificílimo de largar. E acho que admiro muito mais a persistência da pessoa do que o abandono do vício em si.

Mas me sinto entristecida de ver como esse massacre contra o fumo faz mal pra minha mãe que é uma fumante de mais de 50 anos. Ela sabe que faz mal, sabe que deveria ter largado isso há muitos anos, mas ela simplesmente não consegue. Tenta um dia, tenta dois, mas sempre acaba sendo vencida pelo vício e volta a fumar. Mas mesmo assim, ela não desiste e diz que tem fé em deus, que um dia ainda vai parar ...

Eu acho isso um absurdo, porque com quase 80 anos de idade, cheia de artrite, artrose, osteoporose e todas as oses que idade que ela tem dá direito, que diferença vai fazer fumar ou deixar de fumar depois de tantos anos nessa altura da vida?

E além do mais, fumar pode sim matá-la mais rápido, mas o que é melhor: Viver um pouco menos, mas satisfeita porque só quem fuma sabe o prazer que é dar uma tragadinha depois do almoço ou viver mais, mas com artrite, artrose, osteoporose, hipertensão e ainda dando chute na sombra de tanto stress de vontade de fumar?

Talvez eu até esteja errada, mas eu sempre a aconselho a ficar com a primeira opção.