Noites de Verão
Um dia desses eu estava chegando em casa do trabalho e meu marido falou que tinha dado uma bronca nos moleques que estavam brincando na rua, porque eles tinham espalhado todas as latinhas de aluminio que estavam dentro de um saquinho na calçada, esperando pelo coletor de lixo. Um dos meninos ficou choramingando dizendo que não era ele o culpado, e que o menino que tinha feito isso já tinha ido embora. Mas o marido não quis nem saber, mandou toda a turma limpar a rua. Eu ainda falei pra ele: "mas coitado do menino, vai ver a culpa nem foi dele mesmo. Você vai acabar sendo conhecido como o vizinho chato da rua! ". Ele respondeu que não se importava em ser conhecido como o vizinho chato, afinal todo mundo tem um, o que importava mesmo é que o guri tinha limpado a rua. No final ele ainda disse :
- Ele ainda vai ganhar uma história pra contar quando estiver mais velho - " Numa noite de verão de 2006, aquele vizinho chato lá da rua me fez juntar um monte de latinhas que nem tinha sido a gente que tinha espalhado ".
É verdade. Todo mundo tem uma história de uma noite de verão pra contar, e eu também tenho a minha...
Era uma noite de janeiro, acho que em 83 ou 84. Eu, uma amiga e mais um amigo sentados na calçada conversando animadamente, mas nem me lembro mais sobre o que. Na verdade esses dois amigos estavam interessados um no outro, e era claro o jogo de sedução que estava rolando entre os dois. De repente, no meio de uma gargalhada que a gente dava, a minha amiga joga os cabelos para trás, naquele gesto bem típico de quem tá fazendo charme e diz alto e em bom tom :
- Eu sou uma lésbica mesmo !
Eu confesso que fiquei ali sentadinha do lado dela, toda orgulhosa da amiga que sabia usar palavras tão difícies. O nosso amigo com a cara mais estarrecida do mundo falou:
- O que foi que você disse Adriana?
- Que sou uma lésbica, oras!
Ele, ainda sem acreditar no que ouvia perguntou:
- Mas você sabe o que é isso?
e ela respondeu:
- Claro que eu se! Lésbica é a mesma coisa que louca.
Foi aí que ele nos explicou que a única semelhança entre lésbica e louca era a letra "l" e mais nada. Não preciso nem dizer que ela quase morreu de vergonha, e o tal namoro que prometia, desandou naquele mesmo dia.
Tomara mesmo que o menino das latinhas, tenha ganhado uma história de uma noite de verão, pra depois poder contar...
- Ele ainda vai ganhar uma história pra contar quando estiver mais velho - " Numa noite de verão de 2006, aquele vizinho chato lá da rua me fez juntar um monte de latinhas que nem tinha sido a gente que tinha espalhado ".
É verdade. Todo mundo tem uma história de uma noite de verão pra contar, e eu também tenho a minha...
Era uma noite de janeiro, acho que em 83 ou 84. Eu, uma amiga e mais um amigo sentados na calçada conversando animadamente, mas nem me lembro mais sobre o que. Na verdade esses dois amigos estavam interessados um no outro, e era claro o jogo de sedução que estava rolando entre os dois. De repente, no meio de uma gargalhada que a gente dava, a minha amiga joga os cabelos para trás, naquele gesto bem típico de quem tá fazendo charme e diz alto e em bom tom :
- Eu sou uma lésbica mesmo !
Eu confesso que fiquei ali sentadinha do lado dela, toda orgulhosa da amiga que sabia usar palavras tão difícies. O nosso amigo com a cara mais estarrecida do mundo falou:
- O que foi que você disse Adriana?
- Que sou uma lésbica, oras!
Ele, ainda sem acreditar no que ouvia perguntou:
- Mas você sabe o que é isso?
e ela respondeu:
- Claro que eu se! Lésbica é a mesma coisa que louca.
Foi aí que ele nos explicou que a única semelhança entre lésbica e louca era a letra "l" e mais nada. Não preciso nem dizer que ela quase morreu de vergonha, e o tal namoro que prometia, desandou naquele mesmo dia.
Tomara mesmo que o menino das latinhas, tenha ganhado uma história de uma noite de verão, pra depois poder contar...
Um comentário:
Oi Marcia,
Seu marido tem razao. Nós adultos estamos aqui pra ensinar os novos.
Um dia, quando minhas crianças tinham entre 6 e 8 anos de idade e morando em Brasilia, escreveram e desenharam nas pilastras do bloco onde moravamos(usaram crayon e fizeram a farra la embaixo). Depois de um certo tempo o porteiro me chamou, informando da bagunça que eles fizeram. Nao briguei, nao bati,nao gritei. Mandei eles subirem e cada um desceram com baldes,esponja, agua e sabao e falei que so iriam subir para o jantar quando terminassem toda a limpeza da bagunça que fizeram. Levei até uma cadeira e um livro para poder ficar no plantao e gerenciar a limpeza. Houve muito choro e reclamacoes, mas deixaram o lugar limpinho. Serviu??? Claro, até hj eles lembram da cena.hehehe
Bjos,
ME
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