domingo, abril 03, 2005

Depois de ler o post da Zana onde ela falava de determinadas músicas que tocadas ao contrário traziam mensagens satânicas eu me lembrei de um causo. Dentre todas essas lendas urbanas eu me lembro que existia também aquela da brincadeira do copo. Pra quem não sabe ou não se lembra, através da brincadeira do copo era possível fazer contato com espiritos, era só reunir algumas pessoas em volta de uma mesa , ter as letras do alfabeto e números cortados e colocados em volta do copo, as palavras "sim" e "não" e claro um copo !

Eu estava de férias da escola e me lembro que era mês de janeiro. Eu devia ter por volta de 13 ou 14 anos quando resolvi passar a tarde na casa de uma amiga de escola. Chegando lá ela me contou a novidade: uns amigos dela que tinham feito a tal brincadeira uns dias atrás estavam convidando ela para participar naquela tarde e ela perguntou se eu não gostaria de ir junto, eu claro, topei na hora.

Já estávamos lá na casa dos tais amigos e começamos a brincadeira. Acho que rezamos alguma coisa e depois um deles perguntou para o copo:

- tem alguem aqui?

e o copo rapidamente respondeu que sim, quer dizer, se deslocou em direção a palavra "sim". Conversa vai, conversa vem, e já estava ficando meio tarde, e eu precisava voltar para casa, já que naquela noite eu iria sair com a minha mãe, mas nada do tal espirito ir embora. Eu já começava a ficar preocupada, mas o amigos da minha amiga me alertavam dizendo que ninguem podia sair de lá antes do espírito ou pelo menos sem a "autorização" dele!

Já que ele não tinha pressa mesmo, eu, apavorada e aos prantos, resolvi pedir pra que ele me deixasse ir embora e expliquei todas as minhas razões a ele: que eu morava longe, que minha mãe estava me esperando pra gente sair, que já estava tarde, mas nada! ele continuava alí, irredutível e dizendo não, não é não!

Conclusão, eu passei umas seis horas a mercê de um copo, e vazio! Quando finalmente consegui chegar em casa já eram umas 10 horas da noite. Minha mãe é claro, tinha saído e me largado pra trás e no dia seguinte não sei dizer como não apanhei dela. Hoje essa história até que é engraçada, mas naquele dia eu passei por uns maus bocados ...