quinta-feira, abril 20, 2006

Hoje eu me lembrei de uma cadelinha que nós herdamos de uma tia da minha sogra quando viemos morar nessa casa. A Baby era uma pequinês, mas já estava bem velhinha. Já estava surda, cega e meio caduca.

Teve uma vez que a gente saiu para trabalhar e quando voltamos a noite ela estava presa no tecido que tinha rasgado da caminha onde ela dormia. O tecido havia enrolado no tornozelo dela ( se é que cachorro tem tornozelo) e ela passou o dia inteiro no mesmo lugar sem poder sair dali pra comer ou fazer suas necessidades.

Depois do trabalhão que foi tirar ela de lá, nós a levamos ao veterinário. Chegando lá a médica disse que precisaria amputar a patinha dela, porque aquilo não tinha mais jeito. Só que ela também achava que seria um risco muito grande fazer a cirurgia, porque devido a idade da Baby ela não resistiria a anestesia.

Na verdade a veterinária não deu muita esperança pra ela dizendo que devido a todos os problemas de saúde que ela tinha, ela acabaria morrendo ou na cirurgia ou dali a alguns dias ...

A gente resolveu não opera-la e só pedimos que ela desse alguns remédios para que ela não sentisse dor e fomos embora pra casa. Em casa a gente cuidava da patinha dela do jeito que dava, e a esse altura a patinha já tinha ficado preta ( gangrenada). Mas a Baby não dava sinal nenhum de que partiria dessa pra melhor tão cedo ...

Ela comia, andava pra lá e pra cá mancando, mas andava. Um dia meu marido foi lavar o quintal quando deparou com a patinha dela perdida lá !

Não, a Baby não tinha morrido não, era só a patinha dela que tinha caído, mas ela continuava lá firme e forte.

Sei lá o que aconteceu, mas a gente acredita que deve ter sido um mecanismo de defesa do próprio organismo que resolveu expulsar aquele membro que não prestava mais, mas mesmo assim ela continuou andando normalmente, claro que com um pouco de dificuldade.

Depois desse episódio a Baby viveu por muito tempo e ainda ganhou um novo nome. Desde então ela passou a ser chamada de Toquinho :o)