domingo, agosto 20, 2006

A irmã da minha amiga estava doida da vida. Ela contou que na empresa onde ela trabalha, toda vez que falece um parente de algum funcionário, é ela que tem que ir para representar a empresa. Ela diz que não gosta de fazer isso, afinal é um momento sempre muito triste para a família e não tem muito o que se dizer nessas horas né?

Mas um colega que trabalha num outro andar, e ela na verdade nem tem muita intimidade, saiu de férias e sofreu um acidente na estrada. Ele, felizmente sobreviveu mas a esposa não ...

Bom, ligaram no ramal dela, deram o endereço e o horário do enterro e ela saiu correndo pra comprar as flores. Ela saiu atrasada do escritório, pegou um trânsito danado e quando chegou o enterro já estava quase terminando.

Um dos motivos pelo qual ela nunca gosta de ir nessas ocasiões é que ela se emociona fácil e sempre chora. Ela tava lá, segurando as flores na mão, com as lágrimas rolando no rosto, quando comentou com um senhor ao lado dela.

- Ahh coitada ...

O homem olhou pra ela e disse:

- Coitada não. Coitado!

Ela levou um susto. Será que ela tinha entendido errado e na verdade quem tinha morrido no acidente era o rapaz e não a esposa dele. E meio sem pensar disse para o senhor:

- Mas me disseram que era a esposa do Marcus que tinha morrido e não ele!

O homem continuou:

- Mas quem está sendo enterrado aqui é o Seu Albuquerque e ele já está viúvo há muitos anos!

Nesse momento ela percebeu que estava no enterro errado. Resolveu deixar as flores no túmulo do Seu Albuquerque mesmo, e voltou para o escritório ainda chorando. Mas agora ela chorava de raiva, e jurou pra si mesma que não iria mais nesses enterros da empresa. Mesmo porque, muito provavelmente ela estaria presa por ter trucidado o infeliz que a tinha feito chorar no enterro errado.