quinta-feira, agosto 31, 2006

quarta-feira, agosto 30, 2006



Eu não sou muito fan de programas de culinária. Se tratando de culinária eu aprecio muito mais um livro, já que é possível você entender e acompanhar melhor o passo-a-passo de uma receita. E além do mais, eu nunca entendi porque os chefs que apresentam programas de televisão insistem em usar diversos potinhos pra demostrar os ingredientes. No mínimo é porque não são eles que vão lavar a louça depois.

Mas agora eu estou viciada no programa do Anthony Bourdain que passa todos os domingos no canal Discovery Travel and Living.

Pra quem não sabe, Anthony Bourdain é um chef americano que depois de passar muitos anos trancado dentro de uma cozinha, resolveu fazer um programa onde ele viaja pra vários lugares do mundo experimentando da culinária local.

Mas o mais legal do programa não são as comidas mostradas nele e sim a forma como o programa é feito. Depois de gravado, ele é editado com os comentários do próprio Tony, o que rende observações super engraçadas. Além do que, muitas vezes ele está muito mais interessado na bebida local do que na comida propriamente dita.

No último programa ele contou que depois de ter sacrificado uma média de dez ou doze mil lagostas, ele tem pesadelos constantemente com elas. Sonha que está trancado dentro de uma sauna, e do lado de fora, tem uma lagosta gigante usando um babador e aumentando a temperatura da sauna, hahaha.

Num outro programa, acho que foi gravado na Nova Zelandia, ele sofreu um acidente durante a gravação com um triciclo. Apesar de trágico, foi hilário ele quase morrendo frente as cameras. O video é esse aqui

Enfim, fica aqui a minha dica pro finalzão do domingo a noite. Um programa regado a muita comida, muita bebida e muito bom humor.

Ingredientes indispensáveis a boa mesa :)

segunda-feira, agosto 28, 2006

E por falar em número de telefone do Japão eu me lembrei de um causo. Apesar da linha telefônica custar um absurdo na época em que eu morava lá, a gente achou que valeria a pena o investimento. Era uma segurança tanto pra nós, quanto pra nossa família saber onde achar a gente em caso de emergência.

Mas quando compramos a bendita linha nunca imaginamos que um dia poderíamos receber uma ligação que fosse "engano", ainda mais em japonês.
Mas um dia isso aconteceu ...

O telefone tocou logo cedo, e quando atendi o sujeito do outro lado da linha falava:

- Moshi Moshi , Watanabe san onegai shimassu.

Quando ouvi isso me toquei que era engano e fiquei pensando - Caramba! e agora o que eu faço já que eu não sei falar que esse sujeito não mora aqui !! Ahh já sei, vou falar que ele não está. E respondi:

- Ele não está não.

A minha esperança era que ele percebesse que tinha ligado errado, mas isso não aconteceu e durante alguns dias, no mesmo horário, o telefone tocava e quando eu atendia era o homem de novo querendo falar com o tal Watanabe. A minha vontade era responder - Ô japa burro! Não se tocou ainda que tá ligando errado? ? Mas como eu também não sabia falar isso, continuava respondendo:

- Ele não está aqui não.

Depois de uma semana, eu já estava de saco cheio desse cara ligando todo dia no mesmo horário. Daí fui obrigada a pedir pra uma colega que falava japonês me ensinar a falar que o "Watanabe san não morava lá, e que fazia uma semana que ele estava ligando errado".

Bom, quando finalmente consegui explicar isso a ele, dei graças aos céus por não entender nada do que ele continuava falando :)

sábado, agosto 26, 2006

Cinco coisas sobre mim


O Flávio me passou o abacaxi. Quer dizer, o pepino. Quer dizer ...

Ahh vocês me entenderam :)


EU AMO PIJAMAS :
É sério. Gosto tanto que tenho uma gaveta só pra guardar eles. Tenho de todas as cores, modelos e texturas. Até coloquei um sabonete nessa gaveta só pra deixa-los mais cheirosos.
Mas aí abro a gaveta e vejo eles tão limpinhos e cheirosos que fico com pena de usar. Coloco uma camiseta velha com uma calça de moleton furada e vou dormir.


EU JÁ FUI UMA COMPRADORA COMPULSIVA:
Teve uma época na minha vida que eu tinha que chegar com uma sacola em casa por no mínimo uma vez por semana. Era sapato, roupa, bolsa, pijama ou qualquer outra coisa que estivesse em promoção.
Hoje eu melhorei muito. Penso cinco minutos antes de comprar. E acreditem, esses cinco minutos fizeram uma grande diferença.


ATÉ HOJE ME LEMBRO DO NÚMERO DO TELEFONE QUE EU TINHA QUANDO MORAVA NO JAPÃO:
Até aí nada demais. Mas o fato é que eu só me lembro dele em japonês. Em português, eu não tenho a menor idéia de que número seja. Se alguem souber a tradução, por favor me avise :
roko, roko, go
go, san, zero, kyo


EU SOU MUITO CHATA:
No meu trabalho, eu sempre acho que ninguem faz o meu serviço melhor do que eu. Sempre que eu volto de férias eu quero morrer de catapora seca toda vez que encontro um documento grampeado no outro, sem que as duas pontinhas do papel estejam alinhadas.
E como que alguem consegue destacar uma folha de formulário contínuo deixando algumas rebarbas?
É. Deve ser duro me ter como colega de trabalho ...


EU SOFRO DE HIPOCONDRIA MODERADA.
Eu digo moderada porque não sou viciada em remédios. Mas se leio sobre sintomas de algumas doenças, na mesma hora, começo a pensar que estou sentido os mesmo. E sempre chego a conclusão que sofro daquela doença. Mas depois passa.
A única vez que eu acertei, foi há uns 8 anos atrás quando houve uma epidemia de sarampo aqui em SP. Eu lia sobre os sintomas do sarampo no jornal e podia jurar que estava sentindo tudo aquilo. Até que um dia acordei toda pintadinha :)


A bola agora vai:

sexta-feira, agosto 25, 2006





Vocês podem até não acreditar, mas essa garotinha charmosa, com pinta de modelo fotográfico e usando um modelito super fashion do inverno de 1975, faz 36 anos hoje :-)


Gente muito obrigada por essa caixa de comentários recheada de palavras super carinhosas.
beijão em cada um de vocês :)

quarta-feira, agosto 23, 2006

Gente pobre e caipira é uma água né? Quando ve uns carro importugado, cheio dos tric-tric fica toda bestada achando que tá vendo assombração!

Ontem eu estava na recepção de um consultório médico junto com uma amiga, e do nosso lado, estava sentada uma senhorinha também paciente aguardando sua vez de ser atendida. As caipiras eramos nós. Menos a senhorinha né coitada, que provavelmente não entende nada de carros. Mas eu, toda metida a ser esperta, e que tenho até um blog, nunca tinha visto um troço daqueles na vida.

Na nossa frente tinha uma janela enorme que dava para uma garagem e o carrão do doutor estava estacionado ali. Vez ou outra eu tinha a impressão que aquele carro se mexia. Mexia não, ás vezes ele subia e ás vezes ele descia. Tudo sozinho. Numa das vezes que eu estava olhando pra ele, vi até os espelhos laterais abrindo e depois fechando.

Dali a pouco entrou um rapaz que parecia trabalhar lá no consultório e falou pra recepcionista que ela tinha deixado o não sei o que ligado que fazia a suspensão do carro mexer sozinha. Quando ele falou isso, nós três caimos na gargalhada. Nós três víamos o carro mexer sozinho, mas a gente mesmo não comentava nada. O carro tinha uma tal de suspensão inteligente.

Como eu não tinha almoçado ainda, achava que estava tendo vertigens de tanta fome. A minha amiga contou que enquanto via aquilo, se lembrava que no dia anterior tinha ido ao oftalmologista e que ele disserá que ela precisaria usar óculos. Ela disse que já tinha resolvido que não ia usar não, mas depois de ver um carro mexendo sozinho ela se convenceu que seu caso era grave. Saindo dali, ia direto para uma ótica mandar fazer o óculos.

A senhorinha, que tinha todo o jeito de carola defensora da moral e dos bons costumes, disse que pensou ter um casal de namorados dentro do carro. Como tinha insulfilme não era possível enxergar lá dentro. Com sua voz de velhinha, ela contava o que tinha pensado enquanto via aquilo:

- Meu Deus do Céééu! esse mundo tá perdido! Em plena luz do dia e esses dois aí, fazendo semvergonhice dentro do carro. Onde tá a mãe dessa moça! No meu tempo as coisas não eram assim nãooooo!

Mas depois eu fiquei pensando. O que será que ela imaginou quando viu aqueles dois espelhos laterais abrindo e fechando?

domingo, agosto 20, 2006

A irmã da minha amiga estava doida da vida. Ela contou que na empresa onde ela trabalha, toda vez que falece um parente de algum funcionário, é ela que tem que ir para representar a empresa. Ela diz que não gosta de fazer isso, afinal é um momento sempre muito triste para a família e não tem muito o que se dizer nessas horas né?

Mas um colega que trabalha num outro andar, e ela na verdade nem tem muita intimidade, saiu de férias e sofreu um acidente na estrada. Ele, felizmente sobreviveu mas a esposa não ...

Bom, ligaram no ramal dela, deram o endereço e o horário do enterro e ela saiu correndo pra comprar as flores. Ela saiu atrasada do escritório, pegou um trânsito danado e quando chegou o enterro já estava quase terminando.

Um dos motivos pelo qual ela nunca gosta de ir nessas ocasiões é que ela se emociona fácil e sempre chora. Ela tava lá, segurando as flores na mão, com as lágrimas rolando no rosto, quando comentou com um senhor ao lado dela.

- Ahh coitada ...

O homem olhou pra ela e disse:

- Coitada não. Coitado!

Ela levou um susto. Será que ela tinha entendido errado e na verdade quem tinha morrido no acidente era o rapaz e não a esposa dele. E meio sem pensar disse para o senhor:

- Mas me disseram que era a esposa do Marcus que tinha morrido e não ele!

O homem continuou:

- Mas quem está sendo enterrado aqui é o Seu Albuquerque e ele já está viúvo há muitos anos!

Nesse momento ela percebeu que estava no enterro errado. Resolveu deixar as flores no túmulo do Seu Albuquerque mesmo, e voltou para o escritório ainda chorando. Mas agora ela chorava de raiva, e jurou pra si mesma que não iria mais nesses enterros da empresa. Mesmo porque, muito provavelmente ela estaria presa por ter trucidado o infeliz que a tinha feito chorar no enterro errado.

sexta-feira, agosto 18, 2006

Era uma vez uma jovem senhora viúva. O destino foi cruel com ela levando tão cedo para o reino dos céus o seu grande amor. Mas a natureza foi extremamente generosa com ela, fazendo com que apesar das muitas primaveras seu corpo continuasse o mesmo da sua juventude. Ou seja, era como um violon.

Josuel era dono do botequim da esquina. Moço simples, vinte anos mais jovem que ela. Ele estremecia todas as vezes que a via passar. Ela, por sua vez, se sentia engrandecida com o olhar abobalhado daquele rapaz. Mas eles sabiam que aquele amor não ia dar ...

Depois de confidenciar para uma colega de trabalho da jovem senhora viúva que ela era muito bonita e que apesar da idade, ela deixaria muitas moçoilas no chinelo, ele resolveu cortejá-la.

Como ele era um homem simples e sem muitas idéias, resolveu presentea la com o que havia de mais caprichado no seu botequim. Todos os dias, por volta das duas e quarenta e cinco da tarde, ele mandava entregar uma coxinha de galinha fresquinha feita ali mesmo no seu bar.

Esse gesto deixará a jovem senhora viúva mais entusiasmada com aquele rapaz. Afinal qual mulher não gostaria de ser presenteada com coxinhas de galinha fresquinha todas as tardes? Ah, mas ela sabia que aquele romance não poderia vingar...

Durante anos o ritual da coxinha se repetiu, mas mesmo assim eles continuavam sem trocar se quer uma única palavra. As coxinhas começaram a fazer efeito e se acumular no corpo daquela bela jovem senhora. Josuel percebeu aquilo e logo começou a perder o interesse por ela.

Ahh homens! Logo Josuel já estava de olho em outra, mas como seu empregado já estava acostumado com a entrega das duas e quarenta e cinco, a jovem senhora viúva continuava a receber suas coxinhas quentinhas todas as tardes.

A essa altura, a jovem senhora viúva sentia seu sangue engrossar e seu coração parar de bater cada vez que ela o avistava. Ela acreditava que isso fosse sintoma da paixão, mas na verdade era a sua taxa de colesterol e triglicérides que já estavam pra lá de altos!

Dias depois, deitada numa cama de hospital, o médico ouviu toda sua história, pegou na sua mão e disse:

- É minha jovem senhora, não é fácil mesmo distinguir os sintomas de colesterol alto, infarto do miocárdio ou triglicérides quando se esta apaixonado ;-)

quinta-feira, agosto 17, 2006

Eu recebi um daqueles emails que a gente nunca sabe se é verdade ou mentira, mas em todos causo é mió avisar:

Um grupo de estupradores na prisão foi entrevistado para saber o que eles procuram em uma vítima potencial. Eis alguns fatos interessantes:


1) A primeira coisa que eles olham em uma vítima potencial é o penteado. É mais provável que eles ataquem uma mulher com rabo-de-cavalo, coque, trança ou qualquer outro penteado que seja possível puxar mais facilmente. É provável também que ataquem mulheres com cabelos longos. Mulheres com cabelos curtos não são alvos comuns.

droga! tinha que ler isso justo agora que resolvi deixar meu cabelo crescer!


2) A segunda coisa que eles olham é a roupa. Eles vão olhar para mulheres em que a roupa seja fácil de tirar rapidamente.

onde vende mesmo cinto de castidade?


3) A hora do dia em que eles mais atacam e estupram mulheres é no começo da manhã, entre as 5:00h e 8:30 horas.

ufa!!! ainda bem que chego atrasada todo dia no serviço!!!


4) Estes homens procuram atacar de forma e em lugares que possam carregar a mulher rapidamente para um outro ponto, onde não tenham que se preocupar em ser pegos. Se você esboça qualquer reação de luta, eles costumam desistir em aproximadamente dois minutos: acham que não vale a pena, que é perda de tempo.

qui vô fazer yoga que nada! vou voltar para o tae-kwon-do pra poder descer a mão nesses cara!


5) Disseram que não pegam mulheres que carregam guarda-chuvas ou objetos que possam ser usados como arma a uma certa distância.

nunca mais vô xingar o vendedor de guarda-chuva que fica no farol ...

6) Em qualquer situação de perigo, caso queira gritar, grite sempre"FOGO! FOGO!" e muito mais pessoas acudirão (curiosos). Caso seu grito seja "socorro!" a maioria das pessoas se omite, por medo

nesse caso não seria melhor gritar : dinheiro, dinheiro, quer quer dinheiro !!??

terça-feira, agosto 15, 2006


Às vezes eu acho que quando Deus fez Adão e Eva ele deve ter errado na mão.

Quando eu estou dirigindo eu sempre sinto falta de um zóio a mais pra poder prestar atenção melhor no trânsito. Me digam, como eu posso mudar de faixa tendo que olhar o retrovisor, o transito a minha frente e o espelho tudo ao mesmo tempo!

E quando eu tenho que correr pra não perder o ônibus ou o metro. Tenho impressão que se tivesse uma perna a mais eu chegaria mais rápido e não precisaria esperar pelo próximo, já que só tendo duas pernas eu sempre perco o bendito!

E braços e mãos então! Como vários deles fazem falta pra uma sofrida dona de casa que precisa levar roupa suja pra lavanderia, lixo pra rua e guardar bagunças espalhadas por toda casa. Nem adianta falar pra eu fazer uma coisa de cada vez. Lembre-se que a sofrida dona de casa nunca tem tempo, e precisa que tudo seja feito ao mesmo tempo agora.

E quando a gente tem que carregar várias sacolas! Duas mãos, definitivamente é muito pouco!

Ontem foi um daqueles dias que cheguei carregada em casa. Levava a bolsa, uma sacola com a comida dos cachorros, uma outra sacola com a minha marmita e uns filmes de dvd e numa outra sacola limões.

Pra conseguir entrar em casa tive que colocar todas as sacolas no chão e procurar a chave do portão perdida dentro da bolsa. Quando vi, meus limões tinham escapados da sacola e estavam todos rolando para o fim da rua. Eu não sabia se corria atrás deles ou se corria pra dentro de casa e fingia que aqueles limões não eram meus.

Nem foi preciso. Quando vi, a gurizada na rua já estava correndo e gritando atrás deles enquanto eles caiam um a um dentro do bueiro...

E lá vou eu hoje de novo comprar limões. Mas tomara que apareça alguém pra me dar uma mãozinha :)


segunda-feira, agosto 14, 2006

O tempo perguntou para o tempo
Quanto tempo o tempo tem
O tempo respondeu para o tempo
Que o tempo tem muito tempo.




Mas eu mesmo ando sem tempo nenhum :((

sexta-feira, agosto 11, 2006

Photobucket - Video and Image Hosting


Bom fim de semana pra todo mundo :-)

terça-feira, agosto 08, 2006

Quando eu preciso tirar fotografia para documentos eu vou sempre ao mesmo lugar. E falo sempre a mesma coisa pro moço:

- Óóóó Ageu, vê se me deixa bem bonita heim?

E ele sempre responde a mesma coisa:

- Lugar de milagre é na igreja ali da esquina ...

Mas que nada. Graças á era fotoxopi ele sempre me da um trato. Na de hoje, por exemplo, eu fiquei parecendo um andróide, é verdade. Mas um andróide sem nenhuma marca de espinha no rosto.

Uma vez eu resolvi levar pra ele umas fotos meia boca que eu tinha tirado no meu casamento. Como eu só casei no civil, já viu né? Não teve nada de glamuroso no casório, a começar pelo local. Peguei uma foto que eu achei que estava melhorzinha, mas cheio de gente feia atrás, e levei pra ele.

Quando eu fui buscar a foto levei um susto! Ele fez um verdadeiro extreme makeover na minha foto. Conseguiu apagar toda aquela gente feia que aparecia atrás da gente e até o pequeno buquê que eu carregava nas mãos, apesar de não ter usado vestido de noiva, ele tinha mudado. Naquela foto aparece umas flores que eu nunca carreguei na vida! Mas o pior foi quando eu olhei para os meus dentes. Eu usava aparelho na época, mas até o aparelho dos meus dentes ele tirou! Daí eu falei:

- Ageu cadê o aparelho dos meus dentes?

- Aparelho? Que aparelho???

- Eu usava aparelho Ageu, e você tirou ele dos meus dentes antes da hora! Quando eu casei eles estavam aqui e agora não estão mais !!!

- Sério que aquilo era aparelho? Eu pensei que seu dente fosse esquisito daquele jeito mesmo...

Bom, mas passado uns 5 minutos eu já estava gostando daquela nova versão do meu eu sorrindo sem aparelho. Eu gostei da idéia, e comecei a perguntar pra ele se dava pra colocar um vestido de noiva ou fazer um penteado invocado. Ele disse que sim, que eu poderia mudar tudo naquela foto, inclusive o noivo.

Mas antes que eu olhasse para aquela foto e não reconhecesse aqueles dois estampados nela, resolvi deixar do jeito que estava mesmo.

E até parece que eu ia querer mudar de noivo !!! :)


segunda-feira, agosto 07, 2006

Soft Cell

Essa foi a música que embalou meu fim de semana. Sabe aquelas músicas que você ouve e gruda na memória? Mas como eu adoro Say hello wave goodbye, até gostei do grude :)

Coloquei um pedacinho dela aí no Youtube. Portanto se por conta desse pequeno delito um dia eu vier a ver o sol nascer quadrado, não se esqueçam de levar meu cigarrinho como forma de agracecimento por esse meu gesto de generosidade.

Ooops esqueci que eu não fumo. Então pode ser uns chocolatinhos mesmo :-)

sábado, agosto 05, 2006

A recepcionista entrou na minha sala e disse:

- Márcia, você que é bilíngüe venha atender esse senhor que está aqui na recepção porque eu não estou entendendo nada do que ele esta falando.

É engraçada a idéia que nós temos de nós mesmos perante algumas pessoas. Perto de algumas pessoas nos sentimos extremamente ignorantes e perto de outras o sujeito mais esperto da face da terra. E é engraçada também a idéia que algumas pessoas fazem da gente. Pra essa moça, por exemplo, eu sou bilíngüe só porque conheço o verbo to be, mas pra qualquer pessoa que conheça um pouquinho além do verbo to be, saca na hora que eu não falo nada de inglês.

Mas como não tem tu, vai tu mesmo, lá foi eu atender o sujeito. Na verdade eu fiquei tão apavorada que nem me lembrei de falar uma frase tão simples e que eu ouço constantemente nos filmes e na sala de aula como um can i help you? O rapaz quando me viu abriu um sorriso como se dissesse pra si mesmo ufa, ainda bem que achei alguém nessa terra pra me ajudar e eu retribui com o mesmo sorriso dizendo pra mim mesma putz, to ferrada porque não vou conseguir entender nada do que esse sujeito vai falar!

Era um cara franzino que falava baixinho e pausadamente. De certa forma essa característica dele tenha me deixado um pouco mais calma e dentro das minhas limitações eu consegui responder a todas as perguntas dele. Quando ele foi embora eu tive a impressão que ele saiu do escritório satisfeito e continuava sorrindo.

Talvez ele estivesse rindo do meu jeito meio atrapalhado tentando desenhar um mapa num pedaço de papel pra ele ou das minhas confusões com tempos verbais, do tipo nós fumo e depois vortemo, mas mesmo assim ainda acredito que ele tenha saído de lá satisfeito.

Foi a primeira vez que tive uma experiência como essa, de ter que me virar num outro idioma, sem ter alguém do meu lado pra me socorrer.

Mas quando ele foi embora eu já me sentia de fato uma verdadeira bilíngüe. Naquele momento eu poderia falar inglês até com a rainha da Inglaterra. Passei o dia desenvolvendo diálagos mentais com aquele rapaz e até respondi perguntas, que dentro daquele contexto, ele não precisava fazer. Naquele momento eu acreditava que se ele voltasse ali a gente poderia passar horas e horas conversando.

Eu tremia como uma vara verde, é verdade. Mas passei o dia inteiro acreditando que eu realmente era aquela pessoa que a recepcionista vê, quando olha mim :)

quarta-feira, agosto 02, 2006




Photobucket - Video and Image Hosting



É incrível o que as pessoas fazem pra se defender da violência nas grandes cidades. Elas inventam esconderijos, dos mais absurdos, pra poder preservar suas coisas mais valiosas em caso de um roubo em casa. Já vi gente que guarda jóias a barra da cortina. Outras que guardam dinheiros e objetos mais valiosos com produtos de limpeza e outras ainda que preferem guardar suas coisas dentro de sapatos no fundo do guarda-roupa.

Essa última é a tia de uma amiga. Eu achei o esconderijo dela fantástico, afinal quem vai adivinhar que tem jóias ou dinheiro guardado dentro de um sapato velho no fundo de um guarda roupa. Ninguem né? O esconderijo era tão que até a dona um dia se esqueceu dele.

A tia um dia resolveu fazer uma limpa em casa e separou várias roupas e sapatos pra doar pra um carroceiro que sempre passava na rua dela, e no meio das doações ela mandou sem querer o tal sapato recheado com algumas jóias que ela havia herdado da avó que vivia em Portugal. Passaram-se alguns dias, dai ela lembrou da besteira que tinha feito! Saiu desesperada e chorando pra casa da irmã que morava no final da mesma rua. Quando ela chegou lá, ela contou o acontecido pra irmã, que atônita não acreditava no que ouvia.

- Mas mana, você tem certeza que fez isso?

Quer dizer, certeza mesmo ela não tinha. Mas a sua última lembrança era que ela tinha guardado as jóias dentro de um sapato vermelho. E quando ela separou as peças para doação, o primeiro a ir embora foi o tal sapato vermelho, afinal quem é que usa um sapato de verniz vermelho hoje em dia?

Elas conheciam de vista o tal carroceiro. Ele sempre passava por lá recolhendo coisas, mas elas não sabiam nada a respeito dele. Onde morava. Qual era o nome. Foi quando a irmã disse:

- Mana só tem um jeito da gente saber se o carroceiro achou suas joias. Se ele voltar por aqui nos próximos dias é bem provável que ele não tenha achado as jóias, mas daí você pergunta pra ele o que ele fez com o sapato vermelho. Diga que você se arrependeu e quer o sapato de volta. Agora se ele nunca mais voltar é porque com certeza ele já passou a mão nelas ...

Passaram-se umas três semanas e nada do carroceiro voltar. A tia da minha amiga já estava conformada que tinha mesmo mandado as jóias embora com o sapato vermelho.

Mas graças a essa mania nacional que nós mulherers temos, de acharmos que somos descendentes diretas de centopéias, e por isso precisamos de inúmeros pares de sapato, um dia a tia dela foi pegar um sapato de festa, guardadinho no fundo do guarda-roupa e teve a maior surpresa. As jóias estavam lá. Ela tinha mudado o lugar das mesmas, nem lembrava mais porque, e tinha se esquecido disso.

O carroceiro só voltou a aparecer lá no mês seguinte. Disse que com o dinheiro da venda das coisas que tinha ganhado dela, ele tinha ido visitar uns parentes no interior. Mas que aquele sapato lindo de verniz vermelho ele tinha feito questão de dar de presente de aniversário pra mãe dele :)