domingo, janeiro 25, 2009

Diário de Bordo - Tóquio

Juro que pensei que já estivesse entrado no ritmo de novo, mas parece que o Jet continua aqui firme e forte, então aproveitando a falta de sono, resolvi fazer o upload de alguns pequenos videos que fiz no Japão, alguns com a intenção mesmo de mostrar aqui, mas essa brincadeira me levou quase 3 horas! Não sei se vou ter pique pra fazer upload dos outros videos não ...


Enfim, resolvi fazer um pequeno resumo dos meus dias por lá e de coisas que ainda não tinha falado aqui no blog, como por exemplo, a minha experiência de ir sozinha até o templo em Asakusa. Embora eu tenha demorado mais que uma pessoa "normal" pra chegar lá, consegui fazer o percurso direitinho sozinha, e tendo que mudar de linhas de metrô e trem por três vezes. Ahh, fiquei super orgulhosa de mim mesma ;)

Aqui tem um video de um dos trens, da linha do Yamanote Line

Bom, tudo ia bem, até que no último trecho o condutor do metrô começou a falar sem parar no alto-falante e no meu japonês macarrônico só conseguia entender algumas palavras, mas as fundamentais. No video acima vocês podem ver que a gravação fala em japonês e em inglês, mas quando se trata de algum imprevisto ou algo que é preciso avisar ali na hora, tudo é falado só em japonês mesmo.

Ele dizia algo como que na próxima estação, aquele trem ia embora e que por favor ( kudassai) sei lá mais o que! Kudassai o escambau, eu pensei ! E agora, o que que eu faço?

Eu torci fervorozamente até o último minuto do último segundo para que aquilo que eu achava estar entendendo, estivesse errado e que não "que eu não precisasse descer daquele trem na próxima estação", mas não teve jeito. Quando o vagão parou na estação todo mundo teve que descer e eu claro, fui junto. Mas reaprendi nesses dias a fazer o que é mais óbvio quando se está num lugar onde a gente não entende nada, que é imitar o que todo mundo faz, e imitando os japas, fiquei parada na estação até chegar o próximo trem.

O templo é bem legal, mas confesso ter gostado mais do Meiiji Shrine que estive da outra vez. Pra se chegar nesse templo, a gente tem que atravessar uma ruazinha - Nakamise Dori - lotada de lojinhas com tudo que é bugiganga pra vender. A especialidade do lugar parece que são os sembeis - que são aqueles biscoitos feitos com gergilim - que eu adoro, mas não comprei.


Existe todo um ritual pra adentrar a esses templos, como por exemplo, passar primeiramente por um incensário enorme e se defumar com a fumaça que exala dele. Depois é preciso ir até um tonel - não encontrei um nome melhor praquilo - e com a água benta, deve-se lavar as mãos e em seguida a boca, usando umas conchas de madeira pra se pegar a água. Dentro do templo, existe um ofertário enorme onde você joga moedas, bate palmas duas vezes e faz sua orações e agradecimentos. Mas uma vez, imitei os japas e fiz tudo direitinho, mas só joguei uma moeda de 10 yens porque turista pobre que sou, não dava pra colaborar com mais. Buda há de me perdoar ;)
Aqui um video da entrada do templo, com o ritual da fumaça.

Há também uma imagem de Buda nesse templo e todo mundo esfrega o pobre coitado, e já li em algum lugar que o tal ritual também atrai sorte. Mas existe locais específicos pra tal esfregação. A cabeça e o joelho do menino já estão até gastas, hehehehe. Mais um videozinho aqui

Saindo de lá, fui procurar pelo edifício que fica do outro lado do Rio Sumida, que é um prédio com uma arquitetura toda modernosa, projetado por Philippe Stark que é a sede da Cervejaria Asahi


E depois fui até o Shibuya, pedi um moccachino com cookie no Starbucks e fui para o andar de cima fazer esse video do famoso cruzamento. Mas como era coisa de duas horas da tarde, nem tinha tanta gente pra atravessar. Confesso que fiquei decepcionada ...

A noite nos fomos num Izakaya ( pub em estilo japonês) com um amigo do Rogério do trabalho. Todas ás vezes que estivemos lá, ele sempre nos levou em lugares super bacanas e dessa vez não foi diferente. A especialidade desse Izakaya, eram os Yakitores, que nada mais são que espetinhos japoneses. Ele pediu de fígado ( illl esse eu não comi!), frango, shitake ( delicioso ) e de barriga de porco que é extremamente gorduroso ( ok, já pedi perdão ao meu colesterol) mas delicioso! Aliás, comi muita comida realmente japonesa por todos esses dias que estive por lá, mas nem todas tão saudáveis, como a gente está acostumada a ouvir aqui que elas são.

O local é bem tradicional mesmo, e o cardápio só estava em japonês. Nessa foto acima, o Yamamoto-san estava procurando no celular o nome em inglês, para os muitos tipos de yakitori que apareciam no cardápio. Aqui também fiz um pequeno video do local, pra vocês terem idéia de como é apertado. Num local desses, nunca vá sem fazer reserva, porque com certeza você vai dar com a cara na porta, já que o número de pessoas que cabem lá dentro, é bem limitado. E é uma grande pena que os videos ainda não podem reproduzir o cheiro ;))

Assim que der, volto pra contar mais. E pra quem quiser, tem mais fotos no Flickr.