sábado, fevereiro 21, 2009

Bonitinha, mas ordinária.


Essa é a Pitty, a cadelinha que é da minha cunhada. Acontece que a dona da Pitty, tá louca pra se ver livre da coitada. Tem gente que acha que ter cachorro é a mesma coisa que ter bibelô de loja de presentes. Você vê, acha uma gracinha, compra e traz pra casa e o bibelô fica lá quietinho, só servindo de enfeite. Mas não, um cachorro da tanto trabalho quanto uma criança, com a vantagem de que as crianças um dia crescem e se tornam independentes, e os bichos não.

A Pitty, no auge dos seus nove meses, rói tudo, late muito e quer atenção. Daí que por conta disso, e também dos gastos, ela quer dar a cachorra, mas quer dar pra mim, já que tem meus sobrinhos que já se apegaram a bichinha e se ficar comigo, pelo menos eles podem vê-la frequentemente. A princípio eu disse que não queria, porque apesar de adorar todo e qualquer cachorro, meus favoritos são os vira-latas. Primeiro porque os vira-latas ninguem quer, e segundo que é muito mais fácil criar essa raça, eles não tem a menor frescura.

Eles iriam viajar nesse feriado, mas não queriam levar a cachorra, e já estavam despostos a dar pra qualquer um. Foram duas pessoas pra vê-la, mas no final, disseram que não iam ficar com ela. Mas como eu tinha dito a minha cunhada que se fosse preciso, eu ficaria com ela durante o carnaval, advinhem quem está deitada embaixo da cadeira que estou sentada agora, enquanto digito esse post? Póis é ...

Na verdade a Pitty é uma gracinha, mas é ordinária. Só quer saber de dormir dentro de casa e em cima do meu sofá. Fica raspando a porta do meu quarto querendo entrar e nessa última noite latiu uma duas vezes ( ela é um basset dachshund, e essa raça late demais). E durante o dia, ficou atrás de mim ou do Rogério o tempo todo. Chega a ser sufocante pra mim ter um cachorro desses o tempo inteiro ao meu redor ...

Pra ela ficar comigo, ela teria que ficar no quintal junto com meu viralatão, o Vaquinha. Mas como no começo ela estava morrendo de medo dele, ontem fui trabalhar e a deixei fechada e sozinha dentro de casa, o que também me dá a maior dó ... E durante seu tempo ocioso, ela roeu a cabeça de uma tartaruga cheia de serragem que eu tinha pra segurar a porta da sala hahaha. O olho da tartaruga, que era feito de botão, não se tem notícias desde então.

O pior de tudo é que sou a maior tonta e fico pensando que se eu não ficar com a cachorra, ela vai dar pra qualquer um , e o coitado do bicho que não tem nada a ver com essa história, pode ir parar na mão de alguem que vá cuidar dela, pior do que ela já é cuidada . E fico pensando também, que se ela for para algum estranho, meus sobrinhos, especialmente o mais novo que tem 5 anos, pode até vir a ficar doente por não ter mais a cachorra - que ele adora - por perto ...

Mas como a esperança é a última que morre, tomara que até a 3ª feira gorda, ela já esteja dormindo abraçadinha, no quintal, com o Seu Vaca :)