quarta-feira, agosto 02, 2006




Photobucket - Video and Image Hosting



É incrível o que as pessoas fazem pra se defender da violência nas grandes cidades. Elas inventam esconderijos, dos mais absurdos, pra poder preservar suas coisas mais valiosas em caso de um roubo em casa. Já vi gente que guarda jóias a barra da cortina. Outras que guardam dinheiros e objetos mais valiosos com produtos de limpeza e outras ainda que preferem guardar suas coisas dentro de sapatos no fundo do guarda-roupa.

Essa última é a tia de uma amiga. Eu achei o esconderijo dela fantástico, afinal quem vai adivinhar que tem jóias ou dinheiro guardado dentro de um sapato velho no fundo de um guarda roupa. Ninguem né? O esconderijo era tão que até a dona um dia se esqueceu dele.

A tia um dia resolveu fazer uma limpa em casa e separou várias roupas e sapatos pra doar pra um carroceiro que sempre passava na rua dela, e no meio das doações ela mandou sem querer o tal sapato recheado com algumas jóias que ela havia herdado da avó que vivia em Portugal. Passaram-se alguns dias, dai ela lembrou da besteira que tinha feito! Saiu desesperada e chorando pra casa da irmã que morava no final da mesma rua. Quando ela chegou lá, ela contou o acontecido pra irmã, que atônita não acreditava no que ouvia.

- Mas mana, você tem certeza que fez isso?

Quer dizer, certeza mesmo ela não tinha. Mas a sua última lembrança era que ela tinha guardado as jóias dentro de um sapato vermelho. E quando ela separou as peças para doação, o primeiro a ir embora foi o tal sapato vermelho, afinal quem é que usa um sapato de verniz vermelho hoje em dia?

Elas conheciam de vista o tal carroceiro. Ele sempre passava por lá recolhendo coisas, mas elas não sabiam nada a respeito dele. Onde morava. Qual era o nome. Foi quando a irmã disse:

- Mana só tem um jeito da gente saber se o carroceiro achou suas joias. Se ele voltar por aqui nos próximos dias é bem provável que ele não tenha achado as jóias, mas daí você pergunta pra ele o que ele fez com o sapato vermelho. Diga que você se arrependeu e quer o sapato de volta. Agora se ele nunca mais voltar é porque com certeza ele já passou a mão nelas ...

Passaram-se umas três semanas e nada do carroceiro voltar. A tia da minha amiga já estava conformada que tinha mesmo mandado as jóias embora com o sapato vermelho.

Mas graças a essa mania nacional que nós mulherers temos, de acharmos que somos descendentes diretas de centopéias, e por isso precisamos de inúmeros pares de sapato, um dia a tia dela foi pegar um sapato de festa, guardadinho no fundo do guarda-roupa e teve a maior surpresa. As jóias estavam lá. Ela tinha mudado o lugar das mesmas, nem lembrava mais porque, e tinha se esquecido disso.

O carroceiro só voltou a aparecer lá no mês seguinte. Disse que com o dinheiro da venda das coisas que tinha ganhado dela, ele tinha ido visitar uns parentes no interior. Mas que aquele sapato lindo de verniz vermelho ele tinha feito questão de dar de presente de aniversário pra mãe dele :)



segunda-feira, julho 31, 2006

Domingo, 12º. Um dia bem típico de inverno. Dia de ficar em casa, enrolado nas cobertas zapeado pelos canais certo? Errado.
Ontem foi dia de colocar meu casaco mais quentinho, cheirando naftalina, e apreciar o que está se tornando uma raridade por aqui. Um verdadeiro dia de inverno. Então saímos para andar sob a garoa e apreciar o cinza da cidade.


Photobucket - Video and Image HostingPhotobucket - Video and Image Hosting

Photobucket - Video and Image HostingPhotobucket - Video and Image Hosting

Photobucket - Video and Image HostingPhotobucket - Video and Image Hosting


Hoje, segunda fria de inverno. Dia de voltar ao trabalho como qualquer segunda-feira de verão certo? Errado!
Hoje sim deveria ser um dia pra se passar embaixo das cobertas zapeando pelos canais :)

domingo, julho 30, 2006

Cida

A Cida, a nossa contadora de causos engraçados, contou essa semana que sonhava que varria uma casa enorme.

Já que ela gosta tanto de varrer, a gente colocou uma música e a Cida saiu feliz da vida dançando com a vassoura e barrendo.

Claro que a hiena gargalhando no final sou eu. A gente ganha pouco, mas se diverte :)

sexta-feira, julho 28, 2006

Um dia desses da semana, acho que foi na quarta-feira, a minha amiga voltou do almoço toda empolgada e falou:

- Aiiii Márcia, advinha com quem eu conversei agora lá na fila do restaurante?

A moça tem pouco mais que vinte anos e nessa idade algumas garotas ainda são bem garotas, e cada dia elas paqueram alguém diferente. Eu não consegui adivinhar e ela impaciente já foi contando.

- Foi o bonitinho ali do sessenta e cinco. A fila tava meio longa e eu aproveitei pra puxar papo com ele. Menina ele estava tão alegrinho, enquanto eu falava ele ficava sorrindo pra mim.

Quando ela terminou de falar isso, ela deu uma risadinha. Foi aí que eu percebi:

- O que é esse negócio preto aí no seu dente??

Ela arregalou os olhos num susto e já foi pegando o espelhinho na bolsa. Quando ela sorriu para o espelho ela deu um grito:

- Aiiii Meu Deus, tem umas coisinhas verdes também!!!

A coitada tinha o cardápio todo do almoço grudado nos dentes. Eu fiquei ali meio sem jeito sem saber muito que dizer e quase chorando ela falou:

- Aiiiiii o bonitinho não tava sorrindo pra mim. Ele estava rindo de mim ...

Acho que era isso mesmo que o bonitinho tava fazendo, mas tentando consolá-la eu ainda disse:

- Que nada boba, vai ver ele nem viu!

E ela nervosa, procurando o fio dental na bolsa respondeu:

- Como não viu!? Até um cego ia enxergar isso!!!

Cá entre nós, era impossível mesmo não ver aquilo. E sem saber mais o que fazer só me restou soltar um :

- Maldita feijoada viu!!!!

quarta-feira, julho 26, 2006

Hoje eu precisei ligar na minha operadora de celular para resolver um problema. Fiquei 30 minutos pendurada com o atendente tentando resolver justamente isso. Queria reduzir meu plano e consequentemente o valor da minha conta porque até hoje, trinta minutos era o máximo que eu já tinha gasto durante todo o mês.

Como o celular era da minha cunhada, todas as vezes que eu ligo preciso me passar por ela. Tenho tudo anotado: nome completo, endereço, CPF, RG, cor da calcinha, santo de devoção, tudo. Pra nunca dar bandeira. Mas depois de me passarem para o terceiro atendente eu esqueci que eu era ela e voltei a ser eu. O moço perguntou:

- bla, blá blá com quem eu falo?

eu respondi

- Marcia.

- Senhora esse número não confere com o nome!

Foi aí que me toquei que tinha feito besteira. Bom precisava de qualquer maneira consertar esse estrago, afinal eu já estava ali há quase 30 minutos, e respondi:

- Claro que confere! Meu nome é Ana Paula e o número é esse.

Fui categórica com ele, mas ele continuou :

- Mas a senhora disse Marcia?!

- Você tá maluco? Se meu nome é Ana Paula porque eu vou falar Marcia!

Eu percebi que ele ficou em silêncio alguns segundos e depois continuou.

- Ahh desculpa senhora, hoje o dia está complicado aqui e o sistema não está ajudando. Eu devo ter feito confusão.

Ele tinha caído no meu truque, agora era só desviar a atenção dele pra outra coisa

- Olha moço, mas eu não liguei aqui pra ouvir seus problemas. Liguei aqui pra resolver o meu. Tem jeito?

- Tem sim senhora. Mais um momento por favor.


Depois desse último momento ele voltou com a solução e finalmente consegui desligar o telefone. Mas aí me lembrei que provavelmente eles tenham todas essas conversas gravadas e se o sujeito resolver voltar lá vai descobrir que sou uma impostora. Mas no minuto seguinte me tranquilizei, já que se isso acontecer mesmo o azar é da Ana Paula e não meu he he he!