quinta-feira, outubro 19, 2006

Depois desse último post, muita gente aqui deve ter achado que ler Danusa Leão me faz mal.

Mas olha gente, não é nada disso não! Eu adoro as coisas que ela escreve e além do mais, ela é uma mulher muito fiiiiina e elegante que ensina pra gente muita coisa sobre etiqueta e principalmente como se portar a mesa.

Muita gente pode achar que isso é frescurada, mas não é não. Vai ter um dia lá na frente que com certeza você vai precisar saber dessas coisas pra não passar vergonha ou raiva, como claro, um dia eu já passei.

Uma vez, quando eu ainda namorava meu marido, nós fomos jantar com toda a família dele, num restaurante bem chiquetoso. O lugar era bem espaçoso e cheio daquelas mesas redondas bem grandes. Se a pessoa fosse muito baixinha, era capaz de nem conseguir enxergar direito quem estivesse sentado a sua frente, de tanta tranqueira que tinha em cima delas.

Era um tal de pratinho, pratão. Tacinha, tação. Garfinho, garfão e uma faca cega e toda torta que não servia pra nada. O lugar era especializado em frutos do mar, mas a especialidade da casa era o camarão.

Todos nós pedimos camarão, e realmente ele estava delicioso. Eram uns camarões rosa, gigantes e bem temperados. Acho que foi a primeira vez na vida que comi camarões de verdade, porque até então, o único camarão que eu conhecia era do salgadinho ebicen.

Bom, lá no meio da noite, eu me distraí e inadvertidamente cruzei meus talheres sobre o meu prato lotado de camarão. Comecei a conversar com um, depois com outro e quando eu olho, cadê meu prato!?

Vejo um garçom pronto pra entrar na cozinha, com nada mais, nada menos, meu prato cheio de camarões na mão!!! Meu primeiro impulso foi sair correndo atrás dele no meio do salão pra pegar meu prato de volta, mas nem deu tempo, porque logo em seguida ele desapareceu da minha visão.

Fui reclamar com meu marido (na época, namorado) e ele me disse que provavelmente eu tinha cruzado os talheres sobre o prato e isso significava que eu não iria comer mais, por isso o garçom o tinha levado embora.

Miserável viu! Até hoje eu desconfio que depois que ele entrou naquela cozinha ele deve ter comido todos os camarões que ainda estavam no meu prato!

Mas isso são águas passadas, e hoje com certeza eu sou uma mulher muito mais refinada. Portanto, se algum garçom fizer isso comigo hoje, eu já sei que devo usar um daqueles talheres sobressalentes pra espetar a mão dele!!!

segunda-feira, outubro 16, 2006

Um dia, folheando um livro da Danuza Leão, eu li alguma coisa que dizia mais ou menos assim:

Sempre que usar um banheiro, deixe-o mais limpo do que estava quando você entrou.

Pronto. Isso era tudo que uma virginiana maníaca por limpeza precisava ouvir.

Depois disso, passo horas dentro dos banheiros. É no banheiro dos shoppings, dos restaurantes, do escritório, sempre acho que tenho que deixar o local impecável antes de sair e com isso fico mais tempo do que devia lá dentro.

Eu seco pia, limpo os respingos de água dos espelhos e recolho papéis espalhados pelo chão. E troco o rolo de papel higiênico sempre que possível. Porque será que ninguém nunca repõe os rolos na papeleira?

Durante a viagem, eu passei muitas horas dentro do avião, e em viagens longas vocês podem imaginar em que estado fica aquele cubículo ridículo chamado banheiro, que tem nos aviões.

Depois de ler, comer e assistir duzentas vezes o mesmo filme, eu não tinha muito que fazer então só me restava ir ao banheiro. Bom, confesso que passei algumas horas agradáveis fazendo uma pequena faxina lá dentro. Em algumas vezes tive que me controlar pra não pedir um rodo e um balde com água para os comissários. Mas garanto uma coisa. Quem entrou naqueles banheiros depois de mim não teve do que reclamar.

Mas como santo de casa não faz milagre, a minha vontade de limpar banheiros está latente somente para banheiros públicos. Talvez porque eu saiba que nesses banheiros sempre vai entrar alguém estranho depois de mim e não quero que pensem: nossa como é porquinha a moça que estava aqui dentro.

Mas como sou uma mulher de fases, eu sei que logo esse vicio vai passar. Só espero que não seja substituído por um outro bem pior!

Mas pensando bem, o que pode ser pior do que sentir prazer limpando banheiro dos outros ?

domingo, outubro 15, 2006

Imagens valem mais que mil palavras ...
ou quando não souber o que escrever no seu blog publique fotos :)

Feirinha Pça da República / Centro
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terça-feira, outubro 10, 2006

Não, isso não é meu!




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As pessoas viajam e normalmente trazem souvenir dos lugares por onde elas passam, mas deixar souvenir, isso eu nunca tinha visto.

Caminhando por umas trilhas em Blue Mountain me deparei com essa imagem. Daí fiquei imaginando: que diabos esse negócio estava fazendo pendurado numa árvore?

Bom, pode ser que a dona tenha sofrido algum incidente como o meu, com um passarinho, e resolveu lavar a peça. Colocou pra secar e na volta esqueceu de pegar.

Ou talvez ela estivesse praticando alguma atividade ilícita no local com seu companheiro, quando ambos foram surpreendidos por um canguro de dois metros e meio de altura, e na pressa de sair correndo esqueceram uma das peças lá.

Sei lá o que aconteceu. Mas que foi engraçado encontrar esse negócio lá no meio da mata, isso foi :o)

segunda-feira, outubro 09, 2006

Atenção moçoilos, podem sair da sala que hoje vou descer a lenha em vocês :)

Uma vez a Carla fez um post falando que ela detesta pedir informações para os outros na rua, e que na casa dela quem faz isso é sempre o marido, porque ele adora perguntar. Eu fiquei surpresa, porque como todo mundo sabe, homens detestam pedir informações. Eles podem estar perdidos no trânsito, ficarem rodando e rodando, feitos barata tonta, mas só param pra pedir informação quando percebem que não tem mais jeito.

E aqui em casa também não é muito diferente. Eu pergunto tudo pra todo mundo o tempo todo, quantas vezes forem necessárias. Mas ele? Humph!

Pra vocês verem que eu não estou sendo injusta em falar isso dos homens, vou contar um causo que aconteceu com a minha amiga. Mas já vou avisando: Nem adianta me perguntar o nome dela porque eu não vou contar!

Essa minha amiga e o marido estavam de férias há alguns anos atrás. Alguns dias antes dele voltar ao trabalho, ele disse assim pra ela:

- Benhêêêê acho que nós temos um casamento no sábado que vem, da moça que trabalha lá no escritório comigo.

A minha amiga, já conhecendo o sujeito, falou:

- Mas você acha? Se você não tem certeza não é melhor ligar pra ela e confirmar o dia?

- Não benhêêêê, não precisa não. Acho que é sábado mesmo. Afinal, quase todo casamento é de sábado. Ainda mais que vai ser numa chácara lá na Raposo Tavares. Depois eu vejo no mapa que está lá no carro.

Bom, o sábado chegou e partiram os dois para o casamento lá na Raposo Tavares. Segundo ele, o casamento seria às dez da manhã e depois da cerimônia teria um belo churrasco com direito a usar a piscina e jogo de futebol para os rapazes.

Saíram os dois atrasados e quando ele já estava pronto pra pegar a Raposo Tavares, ele resolveu olhar o mapa, e descobriu que na verdade a chácara ficava na Fernão Dias.

A minha amiga, que já estava soltando fogo pelas ventas, começou a ordenar que eles parassem pra se informar qual era o jeito mais rápido de chegar a Fernão Dias, já que ela já tinha percebido que ele estava todo atrapalhado. E ele, na maior calma respondia:

- Precisa não benhêêêê. Eu já to me achando.

Depois de muito se perder, e claro, não parar pra perguntar nada pra ninguém, eles finalmente chegaram. Já passava um pouco das dez da manhã, mas a minha amiga até ficou aliviada em saber que talvez só tivessem perdido o começo da cerimônia.

Conforme eles entravam na chácara, ela notou uma coisa muito estranha. Quase não tinham carros no estacionamento e o local estava muito quieto. Só ouviam umas batidinhas de louça, que vinham de um salão. Quando eles chegaram ao salão, não tinha ninguém, somente uns funcionários do local arrumando umas mesas. Mas pelo menos a churrasqueira estava acesa, então já era um bom sinal.

Quando o funcionário os viu, veio conversar:

- Bom dia, pois não?

A minha amiga que respondeu. Pois lembre-se, homens não gostam de perguntar:

- Bom dia. A gente veio para o casamento da Ideralda. Não eram dez horas?

Ela disse que o funcionário ficou com uma cara de quem não estava entendendo nada, mas gritou para um outro que estava mais no fundo do salão se aquela festa que eles estavam preparando era do casamento da Ideralda. O moço lá do fundão respondeu:

- O casamento da Ideralda é amanhã. Hoje é o batizado do neto do Seu Pedro.

Pois é. Eles foram para o casamento no dia errado. Ela foi embora dando chute na sombra e com uma fome danada que o cheiro dos espetinhos do batizado do neto do Seu Pedro tinham provocado nela.

Mas no dia seguinte, eles estavam lá novamente para assistir o casório. Ele a proibiu terminantemente de contar essa história para os outros, e cada vez que alguém comentava o quão difícil tinha sido chegar lá, ela só respondia:

- É mesmo? Nossa! Nós chegamos aqui rapidinho...

Mas agora eu me vinguei e contei essa história pra todo mundo. Quer dizer, tô me vingando por ela :)