segunda-feira, maio 22, 2006

Preta Véia Imaginária

Eu sei que uma boa porcentagem de histórias de assaltos a mão armada não tem lá um final feliz. Eu mesma conheço uma delas, mas a que a minha amiga me contou no sábado até que foi engraçada. Claro, se não fosse trágica.

No ano passado, num período de 6 meses, ela teve seu carro roubado por 3 vezes. A primeira levaram tudo. Bolsa, celular, documentos e mais um monte de coisas que ela carregava no banco de trás. A seguradora encontrou o carro, que estava todo depenado, mas depois de um mês que estava no conserto finalmente ficou pronto.

Quando ela estava de bolsa nova, celular novo e já tinha tirado 2 ª via de todos os documentos, pimba! Foi assaltada de novo. Mas dessa vez só levaram o carro, e mais uma vez a seguradora o encontrou abandonado.

Na terceira vez ela já estava de saco cheio de tanto ser roubada, e teve um chilique quando o ladrão a abordou. Quando ela ouviu a voz de um cara de novo falando isso é um assalto ela respondeu :

- Ôooo não vem não que hoje eu não tô num dia bom ...

- Como assim dona, não ta num dia bom? me dá logo a chave do carro.

Ela começou a explicar pra ele que já era a terceira vez que ela era roubada, que ela já tava cansada, e blá blá blá . Mas o cara não quis saber de conversa e mais uma vez, em tom ameaçador falou:

- Dá a chave do carro aí dona!

Ela deu a chave, mas antes disse assim pra ele:

- Olha moço, tá aqui a chave. Mas primeiro deixa eu tirar minhas coisas do carro porque eu sou uma mãe de santo e se você levar as coisas que estão ai dentro, isso vai te dar um tremendo de um azar. Eu tava indo pra um despacho!

Ela disse que ele ficou com uma cara de preocupado e autorizou ela pegar as coisas. No meio das coisas pessoais dela tinha sorvete, esfihas, refrigerante. Ela acredita que as comidas o fizeram acreditar mesmo que ela tava indo fazer um trabalho...

Enquanto ela se dirigia para a porta de trás do carro, ela de vez em quando dava uns trimiliques como o corpo, pra parecer que ela tava encorporando mesmo uma Preta Véia Depois que ela pegou as coisas e ele entrou no carro, ela continuou com os trimiliques alí na calçada, até ele sumir com o carro dela.

É claro que hoje ela sabe que não deveria ter feito isso, que foi arriscado e tudo mais. Mas o fato é que a gente na verdade nunca sabe que reação vai ter numa hora dessas.

O carro pela terceira vez foi encontrado, mas depois disso nunca mais foi roubado.

Ela acredita que desde então, ele deve estar sendo protegido pela Preta Véia imaginária :)

domingo, maio 21, 2006

Convite de grego ...



sobrinho - Tio você vai comemorar meu aniversário de 9 anos na terça feira?

tio - Onde vai ser a festa?

sobrinho - Esse ano não vai ter festa não. Eu escolhi ir jantar num restaurante e comer camarão.

tio - Oba!!! Então eu vou sim.

sobrinho - Mas cada um paga o seu tá?

sábado, maio 20, 2006

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Hoje eu fui com a Lúcia na abertura da exposição de fotografias do Fernando Stickel. Eu não fotografei nada porque não sabia se podia ou não, mas o exposição dele está belíssima. É incrível como alguns trabalhos parecem pinturas e não fotografias. Claro que a gente não podia deixar de tirar uma foto com o simpático Fernando, depois dele autografar o livro da Lúcia.


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Aqui a Lucia, o Fernando e eu




Vale lembrar que a exposição do Fernando vai até 25 de junho de 2006, de terça a domingo das 10 as 18 horas na Pinacoteca do Estado.


Agora deixa eu contar uma coisa legal que também aconteceu por lá. Eu sempre achei fantástica as histórias que eu já li por blogs afora de pessoas que reconhecem outras na rua, só pelo fato de já ter visto fotos em seus respectivos blogs. Pois é, hoje isso aconteceu comigo. Eu estava esperando a Lúcia nos portões da Pinacoteca, quando uma moça se aproxima de mim e pergunta se eu não era a Márcia. Quando olhei pra ela na hora reconheci. É a Delma do Strawberries anda Peachs. Que mundo grande e pequeno esse não?

Bom, mas se eu contar essa história pra minha mãe com certeza ela vai me responder:

- Isso que dá ser arroz de festa ! :)

quinta-feira, maio 18, 2006

Eu já falei da Cida aqui no meu blog. A Cida é a nossa copeira aqui no escritório . Todo mundo aqui gosta da Cida, mas quando ela deixa queimar nossa marmita, todo mundo morre de raiva dela. Aí ela responde:

- Ahhh hoje não tava com parpite de olhar as marmitas não!

Estar com parpite no dialeto da Cida significa estar com vontade ou não de fazer alguma coisa.

Ontem quando voltei do almoço, encontrei a Cida encostada na vassoura e perguntei:

- Ta cansada Cida? Ás vezes ter que trabalhar todo dia é muito chato né? Cansa.

A Cida respondeu:

- Que nada! Tô cansada sim, mas eu quero trabalhar pra ganhar dinheiro. Vida dura era aquela que eu tinha quando era menina moça e morava lá no interior do Paraná.

E começou a contar que o pai quando ia para cidade comprar sapatos pra todos os filhos, media o pé de cada um com um barbante pra saber qual o tamanho comprar. Mas não importava se o sapato ficasse apertado ou não, tinha que usar assim mesmo. Mas o mais engraçado foi quando ela contou das calcinhas que usava.

- Essas menina de hoje em dia são tudo luxenta! Elas só querem saber de usar carçola de marca valisera, dimilus. Sabe qual era a marca das minhas carçolas Márcia? Era tudo açúcar união!

A essa altura eu já estava morrendo de rir e perguntei:

- Como assim Cida, açúcar união?

Daí ela contou que o pai comprava aqueles sacos de 10 quilos de açúcar união, e depois que acabava o açúcar, a mãe fazia calcinhas pra elas. E explicou o porque das marca:

- A mãe quarava o pano, esfregava, mas não tinha jeito. No nosso traseiro sempre ficava pintado em vermelho : Açúcar União.

É, a Cida quando está com parpite, até que é bem engraçada :)

terça-feira, maio 16, 2006

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Hoje eu voltei na minha dermatologista pra dizer á ela que não vou tomar aquele remédio que ela havia sugerido (roacutan). Quando eu estive no seu consultório há quase dois meses atrás, ela me receitou um antibiótico, uns creminhos manipulados e um sabonete de uso diário e vendo o meu rosto hoje ela mesmo chegou a conclusão de que meu caso não seria pra tanto. O tratamento que ela me passou fez com que minha pele melhorasse bastante. Então hoje ela perguntou se eu não gostaria de fazer um peeling, pra ajudar a clarear as manchas que ainda ficaram, e eu aceitei.

Eu já fiz uns 3 peelings na vida e o de hoje foi o que deu o melhor resultado, assim de imediato. A primeira vez eu sai do consultório da médica com a cara toda amarela. O pior é que a minha intenção era sair do consultório e ir jantar fora com o meu marido, mas quando eu sai da sala dela, ele me olhou com uma cara de horror e por muito pouco ele não me trouxe pra casa no porta malas do carro, pra que ninguem o visse sentado ao lado daquela sujeita disforme.

Na segunda vez eu estava sozinha. O produto que a médica usou dessa vez tinha um cheiro super forte e quase que morri asfixiada. Ela havia dito que aquilo ia arder mesmo, mas que eu podia reclamar a vontade porque ela já estava acostumada. Durante o procedimento, a médica só repetia : Marcia, como você é boazinha! Não está dando nem um pio! - Também pudera, eu mal podia respirar, quem dirá abrir a boca pra reclamar! Voltei pra casa doidona naquele dia ...

Hoje o negócio foi simples, rápido e indolor. O produto tinha um cheiro agradável e o aspecto de um corretivo pra pele. Saí de lá linda, com uma pele de pessego! O produto deve ficar no meu rosto por 7 horas e quando meu marido viu, perguntou se eu não poderia ficar com ele o resto da vida.

Eu gostei tanto, que na verdade já até comecei a me sentir como aquelas mulheres que aparecem em programas de trasformações. Não naqueles programas radicais, mas naqueles que eles pegam uma feiosa qualquer no auditório e arrumam seu cabelo. Na maioria das vezes dão um corte bem modernex que só vai ficar daquele jeito a custa de muito laque e escova e fazem uma maquiagem que em dias normais você levaria pelo menos uma hora pra conseguir o mesmo efeito. Na hora elas ficam lindas, é verdade, mas eu só fico imaginado quando elas acordarem no dia seguinte e se olharem no espelho. Deve dar um desgosto danado ver aquele cabelo todo emaranhado, e os olhos todo borrado de tanto rimel que os caras passam pra conseguir o efeito de olhar sedutor. Eu acredito que nesse momento elas desejariam jamais ter se transformado.

Eu tô aqui esperando dar as sete horas, e curtindo minha pele de pessego. Mas também tô aqui só imaginado quando acordar amanhã e começar a ver minha pele de pessego descascando. Espero não me arrepender de ter me transformado ...