terça-feira, março 27, 2007

Implicante, eu?

Olha, eu sempre tive algum tipo de implicância com algumas propagandas que eu vejo na televisão. Antigamente era com o tal sabão em pó, que a cada novo lançamento prometia deixar a roupa muito mais branca que na versão anterior. Finalmente eles pararam com isso.

Mas o que eu implico agora é com as propagandas de carro zero. Não que eu esteja interessada em comprar um, mas se realmente estivesse, os anúncios que vejo por aí seriam o suficiente pra eu desanimar. Eu estou cansada de ver os automóveis anunciados por determinado preço, mas do ladinho, em letrinhas bem minúsculas, eles avisarem que aquele preço é sem pintura, sem frete e se duvidar até sem o motor. Até parece que eu posso dizer para o vendedor:

- Ahh não tem pintura? Tudo bem, me da a lata de tinta que eu pinto ele em casa. Ahh nesse preço o frete não está incluso? Se preocupa não. Me da o endereço certinho, que eu tomo uma lotação e vou lá buscar.

Claro que não né?

Agora a última propaganda que me atormenta, há mais de um ano, e a da tal bebida Láctea que promete regularizar o fluxo intestinal do comprador. A propaganda diz que se a pessoa consumir 15 potes do produto e o intestino não funcionar, eles devolvem o dinheiro.

Agora me respondam, por favor, como é que alguém vai provar isso??? Será que no próprio caixa, quando você vai pagar pelo produto, a funcionária já esta encarregada de fazer você responder um questionário cheio de perguntas embaraçosas? Ou será que eles enviam na sua casa, com o perdão do trocadilho, uma espécie de fiscal de obras pra acompanhar o serviço?

Céus! Deus queira que não seja isso.

Uma coisa eu digo. Enquanto eu não souber direitinho como funciona isso, não passo nem perto desse produto.

domingo, março 25, 2007

O xadrez antes da internet

Meu amigo me contou que antes da era da internet ele jogava xadrez por correspondência. Oras, eu sei que xadrez é um jogo super metódico, que é preciso analisar todas as possibilidades antes da próxima jogada, mas pra mim que fico impaciente e começo a dar vários cliques no mouse quando uma página da internet demora em abrir, essa história me pareceu no mínimo bizarra!

Imagina você abrir um jogo e escrever numa carta “movi o peão quatro do rei” e esperar um mês para saber qual será a jogada do seu oponente? Sim, um mês se o seu parceiro de jogo morasse por perto, mas acredito que se um jogador estivesse no sul do país e jogasse com alguém do norte, a próxima jogada demoraria muito mais que isso.

Ele disse que por várias vezes saiu correndo atrás do carteiro na rua, desesperado pra saber se tinha alguma correspondência pra ele, trazendo a indicação da próxima jogada que o seu parceiro teria dado. Depois de um tempo, o antigo carteiro desapareceu do seu bairro, provavelmente desconfiado que ele fosse um psicopata.

E eu fiquei imaginando quando um deles recebia uma carta escrita "cheque-mate", como devia ser frustrante mandar uma resposta xingando a mãe do outro, e saber que aquilo demoraria uma eternidade até chegar ao destino. Eu não entendo de xadrez, mas pelo menos nesse aspecto as coisas devem ter melhorado bastante. Se você joga xadrez on-line, pelo menos você tem certeza de que a ofensa vai chegar quase que instantaneamente, e vamos combinar que o alívio que isso provoca é o mesmo de quando você solta um tremendo impropério quando da uma topada no dedinho.

Eu perguntei quanto tempo demorou a sua última jogada. Ele me respondeu que teoricamente ela ainda não acabou, já que o outro até hoje não respondeu a sua última carta. Mas o tabuleiro continua lá montado, pegando poeira. E pelo visto quem vai acabar com essa última partida serão os cupins.

quinta-feira, março 22, 2007

Eu sou louca por tapioca doce. Aquela com recheio de coco e leite condensado. É incrível a quantidade de carrocinhas vendendo tapioca que apareceu por aqui nos últimos tempos. Eu adoro, mas não como. Não como porque engorda.

Eu como bolo de chocolate, torta holandesa e brigadeiro, mas tapioca nunca. Sempre que vejo uma carrocinha minha boca começa a salivar, meus olhinhos brilhar, mas daí a voz da sabedoria que habita em mim, sussurra no meu ouvido: Tapioca nãoooo. Tapioca engorda!!!

Desisto da tapioca, compro um pacote de pipoca doce e vou embora.

Mas apesar de todo esse meu sacrifício eu continuo engordando. To começando a desconfiar que passar vontade também engorda...

Então resolvi tomar uma decisão muito sábia.

Qui si dani essa tal voz da sabedoria que habita em mim, porque amanhã eu vou me entupir de tapioca.

quarta-feira, março 21, 2007

Se hoje eu pudesse voltar no tempo, eu gostaria de estar nesse show aqui





E aí, quem iria comigo ;o)

segunda-feira, março 19, 2007

Izyldynha


Coitada da Izyldynha! (é assim mesmo que escreve, com ipysilão). Se já não bastasse namorar a dezessete anos com um viciado em tele-sena, ainda por cima tem uma chefa que é uma coisa! Pra falar a verdade, a mulher não fala coisa com coisa!

- Izyldynha, meu bem, pega essa coisa pra mim. – Ahh onde esta a coisa? – Cê viu a coisa que deixei aqui?

Depois de tantos anos, a Izyldynha já se acostumou e sabe de cor que o café, a calculadora, e o relatório de vendas são as tais coisas. Mas o pior mesmo é quando ela fala:

- Izyldynha minha querida. Depois você coloca a coisa em mim?

Essa é a pior das coisas que a mulher pede pra ela. Beirando os cinqüenta anos e com o IMC pela hora da morte (que a faz suar feito uma porca), ela já entrou na menopausa. Morando sozinha, só resta à pobre Izyldynha dar uma força pra véia e assim, colocar o patch (adesivo) de reposição hormonal na busanfa dela.

- Mais pra cá Izyldynha, mais pra cá que é pra ficar escondido debaixo da calcinha.

E como se não bastasse a humilhação de entrar e sair às duas juntas de dentro do banheiro, a chefa ainda pede que ela dê um tapinha para o adesivo colar melhor.

- E o tapinha Izyldynha? Não vai dar o tapinha?

Quem vê aquilo não acredita e vive perguntando por que a Izyldynha não arranja outro emprego. O caso é que a Izyldynha sempre esta de olho no celular da moda, e cada vez que consegue trocar de aparelho, à custa de um carne com dez prestações, já aparece outro modelo na praça. E lá vai ela se endividar tudo de novo...

Mas a Izyldynha não é boba não! Na verdade ela até tem um coração de ouro, mas nos últimos tempos, tem deixado ele em casa.

Ela resolveu que as pontas duplas do seu cabelo, a unha do dedão do pé e as cutículas dos dedos da mão iriam parar dentro do café da chefa! Se ela pedisse um café, ela serviria com o maior prazer, e com complemento.

E quando a chefa suspeita de algo errado na bebida, a Izyldynha já trata logo de desviar a atenção dela:

- O que é essa coisa aí atrás de você?

E enquanto procura pela “coisa” ela toma todo o seu café.

E assim os dias vão passando. Com a economia que tem feito no salão, Izyldinha já está até pensando em comprar um celular novo.

Pensando bem, de coitada a Izyldynha não tem nada não.