sexta-feira, maio 18, 2007



Eu já falei diversas vezes aqui o quanto eu me sinto incomodada por às vezes não me lembrar de algumas coisas. É sério, e talvez isso justifique o fato do meu maior medo na velhice não seja o de ficar com a bunda murcha ou os peitos caídos, mas sim, de ficar senil e um dia acordar e não me lembrar mais da pessoa que eu fui um dia. Ou olhar para o rosto das pessoas que eu amo e não reconhecer mais eles...

Mas confesso que me senti mais reconfortada depois que li isso aqui:



A nossa espécie tem fraca memória. Esquecemo-nos de quase tudo. Muitas vezes, por outro lado, julgamos lembrar-nos de coisas que nunca nos aconteceram. Coisas que lemos, que aconteceram a outros, ou que alguém nos contou.

Certos peixes esquecem-se de onde vieram no curto instante que levam a percorrer um aquário. O aquário é para eles, dessa forma, um espaço infinito, novo a cada instante, cheio de surpresas e de diversidade. Cada volta que dão parece-lhes uma experiência inédita. Conosco passa-se algo semelhante. A natureza criou o esquecimento para que nos seja possível suportar o terrível tédio deste minúsculo aquário a que chamamos vida.

José Eduardo Agualusa - Um Estranho em Goa

Bom fim de semana :)

segunda-feira, maio 14, 2007

Tudo que eu sei de francês eu devo a essa mulher aqui...


quinta-feira, maio 10, 2007

Ontem fez um frio de doer os ossos aqui. Não que eu esteja reclamando, porque adoro o tempo frio, mas o problema é que eu estava mal agasalhada e passei frio o dia inteiro.

Mas no final da tarde resolvi preparar uma daquelas sopinhas instantâneas. Nada melhor para espantar o frio do que uma bebida quentinha. Fui para a cozinha do escritório, que nada mais do que um cubículo de um metro por um metro, sem janela, para preparar a minha sopinha.

Girei uma boca qualquer do fogão e comecei a apertar o magicric. Apertava, apertava e nada do magicric funcionar. O problema é que tanto o fogão quanto o magicric são super velhos, e pra ajudar aqueles desenhinhos que indicam onde abrir e fechar a boca do fogão, estão todos desbotados. Depois de alguns segundos ali sem conseguir acender o fogo, decidi fechar a boca do gás. Foi nessa hora que a caca começou...

Eu não lembrava mais qual era a boca que eu tinha aberto e comecei a girar todas as bocas do fogão desesperadamente. Quando desconfiei que aquilo não daria certo, chamei a minha colega pra verificar se as bocas estavam abertas ou fechadas. Menos de um minuto depois, tinha quatro paspalhos em frente ao fogão girando todas as bocas pra lá e pra cá dizendo – humm agora acho que ta fechada. hummm não, acho que agora ta aberta – e o gás lá, vazando livremente.

O cheiro do gás na pseudo cozinha já era insuportável e começou a espalhar por todo o escritório. Nós, as mulheres, já começaram ficar desesperadas e ficávamos lá berrando: Não acende a luz! Não acende a luz – com a lâmpada acesa desde o começo.

Mas o ápice do desespero coletivo foi quando o celular de um tocou. Todo mundo começou a gritar:

- Não atende que vai explodir! Não atende que vai explodir!

Ahh sei lá de onde todo mundo tirou essa idéia. Vai ver era o nosso instinto de sobrevivência falando mais alto. E claro que um engraçadinho já se aproveitou da situação para abraçar a mulherada e dizer:

- Então vamos morrer tudo abraçadinho!

Palhaço. Até parece que eu ia queimar meu filme chegando no céu ao lado de um sujeito que nem aquele ...

Finalmente conseguiram fechar todas as bocas, mas a essa altura o cheiro de gás no escritório era tão insuportável que tivemos que abrir todas as portas e janelas para o cheiro ir embora. E eu que já estava com frio, fome ainda fiquei com um tremendo enjoou.

Depois fiquei pensando que isso aconteceu comigo como uma espécie de castigo, porque eu fiquei aqui sacaneando o carro do Papa. Mas se por causa de um post bestinha desse aconteceu isso, não quero nem ver o que vai acontecer pro Serbão :)



terça-feira, maio 08, 2007





Não é por nada não, mas esse Papa Móvel não parece com os banheiros químicos, só que pintado de branco?




sábado, maio 05, 2007


Esse é um dos melhores filmes nacionais que eu assisti nos últimos tempos. Mauro é um menino mineiro na pré-adolescência no ano de 1970 que é deixado com o avô (no bairro do Bom Retiro - SP) porque seus pais são obrigados a fugir da ditadura por serem militantes de esquerda.

O filme mescla momentos de melancolia vividos pelo menino a espera da volta dos pais com momentos de pura alegria que ele sente por adorar futebol e ver o Brasil se tornar tri-campeão na copa.

O menino dá um show de interpretação, mas na minha opinião a amiguinha que ele faz no prédio chamada Hannah ( o nome da atriz é Daniela Piepszyk) rouba as cenas sempre que ela aparece.

Pra quem quiser ver o trailer , o site é esse aqui.