quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Big Apple - Les Halles



Já que ir para Nova York era inevitável, cof, cof, cof, então disse ao Rogério, que pelo menos a gente fizesse algo diferente. Ele na mesma hora concordou, e disse que então gostaria de ir jantar no Les Halles - o francês sem frescura do renomado chef-estrela-escritor-best-seller-apresentador-de-tv, Anthony Bourdain. Nós adoramos o programa desse cara aqui em casa e depois de dar uma espiada nos preços do cardápio, chegamos a conclusão de que seria viável.

Tentamos reserva para o sábado a noite mas não conseguimos. Talvez por que encontrar uma mesa para 8 pessoas, com menos de uma semana de antecedência, não seja mesmo muito fácil. Mas simulamos um horário para sexta a noite e o site nos informou que teria uma mesa disponível somente para para 9:30hs. Pegamos.

Gastamos uns vinte minutos do hotel até a casa da Park Ave, e chegamos lá ás 9:30 cravado, mas nossa mesa ainda não estava disponível. O carinha da recepção pediu desculpas e nos garantiu que dalí uns minutos nossa mesa já estaria vaga, o que de fato aconteceu, mas mesmo assim ele vinha a cada minutinho nos pedir desculpas e dizer a quantas andava a arrumação dela. Ele foi super atencioso, e também era muito cheiroso.

A primeira impressão do local não foi lá essas coisas. Tinha muito mais cara de restaurante da moda do que uma brasserie sem frescura, com jeitinho bem intimista que imaginei que fosse, depois de ver as fotos no site. O ambiente estava bem escuro, com uma Britney Spears ( será que o Bourdain sabe disso???) num volume avantajado no salão e um zum zum zum de vozes espalhados por todos os lados.

O garçon, também super atencioso, nos trouxe o cardápio e disse que traria água enquanto a gente escolhia o que comer. Pulamos as entradas, por motivos óbvio$$ - e a água francesa chegou a mesa em segundos, o que nos obrigou a escolher as bebidas sem ter muito tempo pra pensar. Todos tomaram cerveja belga - menos meu sobrinho, claro - e só eu pedi uma taça de vinho tinto, que estava deliciosa, mas como foi sugestão do garçon, eu vou morrer sem saber o que tomei .

A maioria ficou com o Steak au Poivre, inclusive eu, mas que para meu sensível paladar, estava absurdamente apimentado. Eu poderia até ter devolvido o prato para o chef, mas fiquei constrangida em imaginar que se fizesse isso, poderia dentro de alguns segundos,ter o Anthony Bourdain parado alí do meu lado, pedindo perdão pela errada feia de mão e querendo me recompensar com uma daquelas garrafas de vinho de US$ 600 do cardápio, e se isso acontecesse, eu me sentiria mal pelo resto do ano. Portanto, achei melhor trocar de prato com o Rogério, que também não estava sensasional, mas que deu pra comer. A sobremesa foi um sorvete Häagen-daz do mercadinho do japonês, que fica do outro lado da rua.

Conclusão: Não achei nada demais. Nem da comida, nem do lugar. Não que eu esperasse um local sofisticado, mesmo porque também não queria isso, mas um restaurante na Park Ave que usa toalhas de papel a la churrascaria sobre a toalha de pano, também é um pouco demais né? Fui ao banheiro uma vez, e também achei meio largado.

Mas enfim, acho que valeu a pena conhecer. E voltaria lá sim, mas talvez para o café da manhã. Agora para jantar, nunca mais. Só se o Bourdain quiser se desculpar :)

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