sexta-feira, maio 05, 2006

Aqui perto de casa apareceu uma velhinha que é moradora de rua. Na verdade eu não sei se ela fica em algum abrigo aqui na redondeza, porque quando chove ela desaparece, mas o fato é que se não estiver chovendo ela dorme por aqui mesmo e passa o dia perambulando pela redondeza.

Eu morro de pena dela, porque além de tudo parece que ela não bate bem das idéias, e ás vezes ela acorda atacada e passa o dia inteiro falando alto e sozinha. Sempre que eu encontrava com ela de manhã, e ela tava quietinha sentada num cantinho alí da rua, eu dava uns trocados pra ela e dizia : tia, vai tomar um café na padaria. Ela sempre pegava o dinheiro e me olhava com seus olhos azuis e uma expressão de contentamento no rosto. Se ela ia mesmo tomar café, só deus sabe ...

Teve um dia que eu sai meio atrasada para o trabalho e a avistei um pouco mais pra cima do lugar que ela costumava ficar. Resolvi que daria o dinheiro pra ela ir tomar o café e enquanto subia a rua, ia revirando a bolsa em busca de uns trocados. Esse dia eu só achei moedas jogadas na bolsa, mas sei que tinha o suficiente pra ela pagar ao menos um café com leite. Quando eu fui me aproximando dela, já percebi que ela tinha acordado atacada naquele dia. Ela falava, falava e eu estava meio que na dúvida se me aproximava dela ou não naquele estado. Por fim resolvi chegar perto e entregar o dinheiro pra ela e como sempre falei:

- ôo tia, vai na padaria tomar um café.

Vocês precisavam ver a cara de desprezo que ela fez para as minhas moedas! Ela esticou a mão, eu coloquei as moedas na palma da mão dela, daí ela estalou a boca num ahh ! e me virou a cara ! A minha vontade era pegar as moedas todas de volta, hahaha.

Pior que isso, só a história que um amigo nosso contou uma vez. Ele chegava de madrugada do serviço e sempre via um sujeito dormindo perto da casa dele. Teve uma vez, num inverno, que a temperatura marcava uns 10º e ele ficou penalizado de ver aquele senhor dormindo alí, ao relento. Então ele entrou em casa, fez um chocolate quente, um pão com manteiga na chapa e voltou lá fora pra entregar o lanchinho para mendigo. Disse que o homem estava dormindo, então ele deu um tapinha no ombro do cara e falou:

- Boa noite, senhor. Eu trouxe uma bebida pra ajudar te aquecer.

O homem meio que dormindo, meio que acordado pegou aquilo na mão e depois de dar o primeiro gole no chocolate, tacou tudo longe gritando:

- EU NÃO QUERO ESSA PORCARIAAAAAA!!!!

Coitado no nosso amigo. Ele até hoje só falta chorar quando conta essa história pra gente, hahaha.

Esse sujeito, como a velhinha que tem aqui perto, também não devia bater muito bem da cachola, então a gente não pode fazer nada.

Mas que na hora isso da uma raiva, isso dá!

terça-feira, maio 02, 2006








Ontem zapeando pelos canais eu vi um ex integrante do grupo Kiss fazendo mágicas nas ruas. Só depois fui saber que não era o metaleiro das antigas que havia mudado de profissão e sim um grande mágico chamado Chriss Angel. Meu marido disse que já havia visto um programa com ele nos States mas pra mim foi a novidade do ano.

No programa ele fez várias demonstrações de ilusionismo mas a que eu mais gostei foi uma que ele fez dentro de um ônibus em movimento. Ele escolheu uma passageira qualquer e pediu que ela marcasse uma carta no meio de um baralho, e depois de muito embaralhar ele atirou justamente a carta que ela havia escolhido no parabrisa do ônibus, e pasmem, pelo lado de fora.

Eu adoro esses programas de mágica e detestei quando o Fantástico uma vez resolveu colocar lá um sujeito que desvendava os seus mistérios. Se você gosta de ilusionismo vai adorar Chriss Angel, porque o cara é muito bom.

Tem mais videos dele no YouTube pra quem se interessar.
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Aqui começou mais uma semana que será repleta de pepinos, abacaxis, pimentões e beringelas pra descascar...

Então, boa semana pra todos vocês ;)

sexta-feira, abril 28, 2006

Eu, Marcia Namastê, exaurida de todas as minhas forças, desejo a todos um ótimo fim de semana prolongado.

Mas antes, copiei e colei a crônica deliciosa que o Ricardo Freire colocou no blog Viaje na Viagem essa semana. :o)



Abaixo a arroba

Se você tivesse o poder de mudar uma palavra, qual você escolheria? Eu não tenho dúvida: arroba. Convenhamos -- "arroba" é horrível. E no entanto estamos todos condenados a ser alguém-arroba -alguma coisa ponto com ponto br. É triste saber que vou carregar essa palavra a vida inteira, feito uma tatuagem na nuca ou um pino na perna.

Não, minha implicância não é com o símbolo @. Esse azinho enrolado é o logotipo perfeito para a Internet. Em inglês faz todo o sentido: @ é uma maneira de escrever "at" -- a nossa preposiçãozinha "em". Em português é que fica difícil ligar o nome à figura. Porque, ao contrário do símbolo @, a palavra "arroba" não tem xongas a ver com endereçamento. Arroba é uma medida de peso arcaica, inventada na Península Ibérica, que no Brasil vale 15 quilos. Toda vez que você dita o seu endereço eletrônico, você engorda: alguém-15 quilos-alguma coisa ponto com ponto br.

Nos países que têm a felicidade de não pesar nada em arrobas, o símbolo @ ganhou nomes bem mais simpáticos, inspirados no seu desenho de espiral. Os alemães acham que o @ é uma orelha (Ohr). Os turcos, por sua vez, enxergam uma rosa (gül). Nenhum @ é tão doce quanto o dos israelenses: strudel. Os italianos, cuja Internet deve ser mais lenta, chamam o @ de caracol (chiocciola). Os franceses, quando não querem pronunciar a detestável palavra "arobase" (a arroba deles) dizem simplesmente "a comercial". Já os suecos vão mais longe: dizem que o @ é um "a com tromba" (snabel-a). Vem cá -- quando até os suecos conseguem ser mais gozadores que os brasileiros, é porque alguma coisa está muito errada.

Eu julgava minha guerra contra a arroba perdida, até que, semana passada, uma notícia reacendeu minhas esperanças. Seguindo recomendações da Academia Francesa, o governo francês proibiu o uso da palavra "e-mail" em todos os documentos oficiais. No seu lugar deverá ser escrito "courriel" -- uma contração de "courier électronique" (correio eletrônico) que já era usada no Canadá de fala francesa.

A essas alturas do campeonato informático, é óbvio que não existe a mínima chance de esse novo nome pegar (já pensou ser obrigado a dizer "eletrocarta" no lugar de e-mail?). Mas pelo menos os dois ou três franceses que não gostam da palavra "e-mail" vão dispor de uma alternativa oficial e compreensível. E nós, os dois ou três brasileiros que não gostamos de engordar 15 quilos toda vez que damos nosso endereço eletrônico -- como ficamos?

Eu proponho: sai arroba, entra "a comercial". Ou: azão. A-bola. Bolão. Novelo. Rocambole (em Pernambuco: bolo-de-rolo). Topete. Itamar. Ralo. Rosca. Aspiral (a + espiral). Ou... peralá. Se americanos, ingleses e australianos conseguem ler @ como "at", nós podemos muito bem ler @ como... "ão". Não podemos? Mais castiço, impossível. Se o Brasil adotasse o "ão" no lugar da "arroba", talvez até a Academia Portuguesa nos imitasse.

O que você acha? Tem alguma outra sugestão? Mande um e-mail, ou um courriel, ou mesmo uma eletrocarta para: xongas ão edglobo ponto com ponto br

quinta-feira, abril 27, 2006



Imagem tirada daqui





Eu não tô com muito tempo pra postar aqui não, mas como a Lúcia quer saber como tudo aconteceu e se eu fosse contar tudo lá na caixa de comentários dela iria virar um post, eu achei melhor contar tudo aqui.

Quando eu era adolescente, eu tinha uma turminha de amigos que se reuniam quase todas as noites numa rua lá perto de casa. No meio desses amigos tinha um que era um chato. Ele tinha uma brincadeira sem graça que era pegar a gente a força pelo braço, depois segurava na mão e começava a espremer nossos dedos. Era assim: ele segurava a nossa mão com a palma virada pra ele e dobrava os dedos em direção a palma, depois disso começava a espremer, espremer até a gente chorar! Aquilo doía pra burro e por várias vezes ele fez isso comigo.

Teve uma vez que eu já estava cheia daquelas brincadeiras e disse que era pra ele parar, porque senão eu iria morder ele! Ele pra variar não deu ouvidos e começou com aquela brincadeira estúpida de novo!

Eu não tive dúvidas, meti uma dentada na mão dele e só soltei quando comecei a sentir gosto de sangue na minha boca. Ele deu um berro e todo mundo correu pra ver o que eu tinha feito. Tava lá a minha arcada dentária tatuada inteirinha na mão dele, hahaha. E claro, a mão tava toda ensangüentada.

Quando ele voltou no dia seguinte na rua estava com a mão enfaixada e contou que a mãe o tinha levado ao pronto socorro e que lá deram a ele até uma anti tetânica. E ainda me contou que a mãe disse que era pra ele dar "outra coisa" pra eu morder.


Quer saber? Se ele tivesse dado eu teria mordido do mesmo jeito !!!