sexta-feira, julho 21, 2006

Olha gente, eu sempre achava um absurdo à quantidade de dinheiro que algumas das minhas amigas diziam que gastava com cabeleireiro. Eu sempre fui a maior pão dura pra essas coisas. E também achava muito fútil, toda vez que ouvia alguma mulher perto de mim falando:

- Aiiiiiiiii eu não posso viver sem meu cabeleireiiiiiro

Bom, isso foi antes de eu conhecer o Doni boca de porco. Foi assim.

Um dia eu queria pintar meu cabelo, já que os fios brancos dão cria como coelhos na minha cabeça. Mas não estava a fim de aplicar a tinta sozinha e também não queria ter que pagar um dinheirão pra alguém fazer isso. Foi aí que me lembrei de um salão bem boca de porco que tem perto da minha casa.

Qualquer mulher em sã consciência não entraria num lugar daqueles nem morta, temendo pedir um corte de cabelo e sair de lá sem a metade da orelha. Mas como eu nunca liguei pra isso e só queria alguém barato pra pintar meu cabelo, entrei. Afinal, não existe segredo nenhum pra fazer isso.

Quando entrei fui falar com o cabelero (acho mais fácil escrever paralelepípedo do que cabeleireiro) que me disse chamar Adonis. (daí o nome que dei pra ele, Doni o boca de porco). Pedi o que queria. No meio do caminho mudei de idéia, e resolvi que alem de pintar também queria fazer umas luzes. Combinamos o preço (não achei tão barato assim, já que eu tinha levado a tinta) e ele me pediu para aguardar.

Sentei e pra passar o tempo peguei uma revista que estava numa mesa de centro. A capa da revista dizia: CARLA PEREZ E A APRESENTADORA DO PROGRAMA FANTASIA DO SBT. Fiquei confusa quando li isso, mas daí me toquei que aquela revista devia estar ali há pelo menos uns 6 anos. Me conformei, afinal o que eu poderia esperar de um lugar como aquele ...

Resolvi pegar outra revista. Essa era especializada para profissionais do ramo . Comecei a ler uma reportagem que dizia que mulheres gastam até 40 % do seu salário com produtos e salões de beleza, sugerindo aos profissionais que esse é um nicho que deve ser explorado. Quando li isso, confesso que dei uma risadinha interna e ainda pensei: ha! ha! há! Doni boca de porco, se você depender dos meus 40% você vai morrer de fome!

Chegou a minha vez e ele me atendeu. Quando ele terminou o trabalho eu achei o meu cabelo lindo! A cor e as luzes ficaram maravilhosas. A escova idem. E ele ainda me recomendou uma escova progressiva que na mesma hora marquei pra semana seguinte. Conclusão: perdi a cabeça pelo Doni boca de porco!

Agora não posso achar um fio de cabelo branco que já penso no home! Cabelo encrespou, ta lá eu entuchando dinheiro no dono do salão boca de porco! A cor desbotou? Não penso duas vezes. Vendo meus vales refeição, meus vales transporte, uso meu cheque especial, tudo pra sustentar o Doni boca de porco!

To começando a achar que isso não é normal. Ou talvez eu tenha sido anormal por toda a vida e só agora é que comecei a ser normal? Será que esse tipo de comportamento é normal na genética de todas as mulheres? Alguém me diga por favor, isso é normal?????

quarta-feira, julho 19, 2006


Cof. Cof
Atchim. Atchim.

Foi assim que eu passei o dia de ontem, e por causa da gripe nem fui trabalhar. Mas convenhamos, pegar uma gripe e poder passar o dia inteiro em frente a tv, comendo amendoim, de vez em quando não faz mal a ninguém né? Além de se sentir mal por conta dos sintomas da gripe, ainda ter que trabalhar, atender clientes e telefonemas já é demais. Agora quem disse que eu fiquei livre dos telefonemas!

Eu já disse aqui que detesto atender telefones. No escritório, as vezes tenho vontade de jogar o aparelho no meio da praça que tem lá na frente. Em casa quando toca mais de duas vezes num dia já é motivo pra gente ( eu e o marido) sair dando chute na sombra.

Ontem ele tocou quase que o dia todo. Se era alguém querendo saber do meu estado debilitado de saúde? Nãooooooo. Era aquele bando de pedintes de instituição de caridade que de um ano pra cá não me dão mais sossego.

Olha gente, eu sou uma moça boa de coração bão, mas esse povo não entende quando você diz: desculpa, mas nesse mês não posso ajudar . Elas sempre ficam fazendo chantagem emocional com você e insistindo: Mas nem deiz reau pro leite das crianças a senhora pode dá? E eu, pacientemente respondo:

- Não querida. Se eu te der os deiz reau vai fazer falta pra pagar o estacionamento da Daslu.

Esse povo anda cansando minha beleza, que, diga-se de passagem, já não é muita. Mas ontem foi a gota d?água. Quando atendi ao telefone e a mocinha disse que queria falar com meu marido já fui logo perguntando:

- Quem quer falar com ele?
- É de tal lugar.
- Ahh ele não mora mais aqui. Nós nos divorciamos!
- Puxa, lamento muito senhora...
- Lamenta por que? Você devia estar feliz já que vive ligando atrás dele!
- Não senhora. É que ele faz doação de...
- Ahh eu sei que tipo de doação esse safado andava fazendo por aí!
- Não senhora é que as criancinhas...
- O que!!?? Vai me dizer que até filho espalhado por aí ele já tem???
- Não senhora. Não é nada disso. Desculpe pelo incomodo.
E desligou.

Ufa! Finalmente acho que me livrei de uma. Agora só falta aplicar a mesma ténica nas próximas seis que ligarem :)

segunda-feira, julho 17, 2006

Com a maior preguiça do mundo e só pra dizer que não atualizei isso aqui ...



Um homem está em coma. A esposa fica a sua cabeceira 24 horas por dia. Uma manhã ele acorda e sussurra:

- Por todos esses anos você esteve ao meu lado. Quando minha empresa faliu, você me apoiou. Quando perdemos a casa, você ficou perto de mim. E, desde que fiquei doente, nunca me abandonou. Sabe de uma coisa?

Os olhos da mulher se encheram de lágrimas :

- Diz meu amor ...

E ele respondeu na lata:

- Você me dá azar!




Vamos a enquete Namastê. O que você faria com um sujeito desses?



a) sufocava com o travesseiro.

b) desligava os aparelhos.

c) furava o cano do soro.

d) empurrava da cama.

e) quando ele estivesse com sede, dava "água" que passarinho não bebe.

f) Na hora do banho, "esquecia" as costas molhadas para assar mais rápido.

g) Colocava pó de mico no fraldão geriátrico dele.

h) Concordava com ele.

quinta-feira, julho 13, 2006

Diário de uma doméstica




Hoje de manhã eu fui na feira. Antes de sair, meu patrão me pediu para eu trazer figo. Aí eu perguntei

- Figo fruta ou bife de figo?

O homem ficou uma fera! Mas eu num liguei não, ele tava nervoso. Ele tem sistema nervoso atacado. Também com um emprego chato daqueles, vou te contar. O coitado é Fiscal da Receita. Deve ser um saco ficar conferindo receita médica o dia inteiro...

Depois chegou o Adamastorzinho, o filho mais novo dele. Acabou de ganhar um carro todo equipado. Tem roda de maionese, farol de pilha, teto ensolarado e trio elétrico. Só num sei pra que trio elétrico num carro. Acho que ele deve gostar muito de música baiana. Mas vô te contar viu, que moleque mais ingrato esse Adamastorzinho!

Fiz a comida prifirida dele e ele ainda me chamou de burra. Eu disse a ele, toda boba, quando ele chegou:

- Adamastorzinho, adivinha a comida que eu fiz pro cê ?

- Ahh sei lá. Dá uma dica.

- Começa com "i"

- I ? Ah não sei!

- Pensa: iiiiiiiii

- Sei lá Creusa, fala logo!

- Istrogonofe !!!

Depois a burra sou eu!!!

Daí aproveitei que a patroa num tava em casa e liguei pra Craudete pra contar a novidade:

- Craudete cê nem sabe. Eu descobri que na mansão aqui que eu trabaio no Morumbi é tudo fachada!

- Como assim, Creusa?

- Nada aqui é dos patrão. É tudo imprestado. TUDO! Cê cridita numa coisa dessas? Fui guardar a roupa do Seu Adamastor no armário e vi que tava bordado o nome do dono, um tal de Armani. A gravata ele pegou de outro, ta bordado: Ive San Lorente. E até o carro da patroa também não é dela não. A dona do carro chama Mercedes! Aqui minha fia é tudo emprestado!

- Nooooossa, que pobreza!

- Pois é! E além de pobres, eles são muito ixibidos! Ôooo gentalha viu
!



ps: fruto da internet

quarta-feira, julho 12, 2006

Crianças sempre rendem histórias engraçadas ou trágicas. O meu sobrinho Henrique derramou café pelando no seu corpo quando tinha um pouco mais de um ano de idade e até hoje ele se lembra disso. A minha mãe conta que meu irmão quando era pequeno, num minuto de distração dela, pegou uma frigideira no fogo e enquanto ele falava hummm que gostoso, ele ia virando todo o óleo quente sobre o corpo dele.

Mas a minha manicure contanto das travessuras da menina dela foi demais. Uma verdadeira tragicomédia.

Ela chegou em casa do trabalho e descobriu que a filha tinha tomado água sanitária. Claro que na hora ela ficou desesperada e perguntava pra menina:

- Filha quanto você tomou disso?
- Eu tomei tudo mamãe!

Na época a menina tinha uns 3 anos, bem naquela fase em que a mãe sempre fala Come tudo meu bem! Ta gostoso, não deixa sobrar nada. Bebe todo o seu suquinho . Daí o motivo pelo qual a menina sempre respondia que tinha tomado tudo, afinal ela sempre era elogiada por isso.

Ela disse que estava apavorada, e aquela altura já chorando e pensando em alguém que pudesse leva-la ao hospital, mas a menininha continuava:

- Não chora mamãe! Eu tomei tudo óóó ? E apontava pra garrafa vazia.

No final ela conseguiu levar a menina no hospital, e na verdade ela nem tinha tomado tanta água sanitária assim porque depois se descobriu que a garrafa já estava no final. Fizeram uma lavagem e no dia seguinte ela já estava aprontando de novo.

Hoje, tanto ela como minha mãe, contam essas histórias achando graça, mas na época deve ter sido um deus nos acuda.

Mas acontecimentos assim também fazem parte da nossa infância e atire a primeira pedra quem nunca deu um susto desses na sua mãe :)