segunda-feira, outubro 09, 2006

Atenção moçoilos, podem sair da sala que hoje vou descer a lenha em vocês :)

Uma vez a Carla fez um post falando que ela detesta pedir informações para os outros na rua, e que na casa dela quem faz isso é sempre o marido, porque ele adora perguntar. Eu fiquei surpresa, porque como todo mundo sabe, homens detestam pedir informações. Eles podem estar perdidos no trânsito, ficarem rodando e rodando, feitos barata tonta, mas só param pra pedir informação quando percebem que não tem mais jeito.

E aqui em casa também não é muito diferente. Eu pergunto tudo pra todo mundo o tempo todo, quantas vezes forem necessárias. Mas ele? Humph!

Pra vocês verem que eu não estou sendo injusta em falar isso dos homens, vou contar um causo que aconteceu com a minha amiga. Mas já vou avisando: Nem adianta me perguntar o nome dela porque eu não vou contar!

Essa minha amiga e o marido estavam de férias há alguns anos atrás. Alguns dias antes dele voltar ao trabalho, ele disse assim pra ela:

- Benhêêêê acho que nós temos um casamento no sábado que vem, da moça que trabalha lá no escritório comigo.

A minha amiga, já conhecendo o sujeito, falou:

- Mas você acha? Se você não tem certeza não é melhor ligar pra ela e confirmar o dia?

- Não benhêêêê, não precisa não. Acho que é sábado mesmo. Afinal, quase todo casamento é de sábado. Ainda mais que vai ser numa chácara lá na Raposo Tavares. Depois eu vejo no mapa que está lá no carro.

Bom, o sábado chegou e partiram os dois para o casamento lá na Raposo Tavares. Segundo ele, o casamento seria às dez da manhã e depois da cerimônia teria um belo churrasco com direito a usar a piscina e jogo de futebol para os rapazes.

Saíram os dois atrasados e quando ele já estava pronto pra pegar a Raposo Tavares, ele resolveu olhar o mapa, e descobriu que na verdade a chácara ficava na Fernão Dias.

A minha amiga, que já estava soltando fogo pelas ventas, começou a ordenar que eles parassem pra se informar qual era o jeito mais rápido de chegar a Fernão Dias, já que ela já tinha percebido que ele estava todo atrapalhado. E ele, na maior calma respondia:

- Precisa não benhêêêê. Eu já to me achando.

Depois de muito se perder, e claro, não parar pra perguntar nada pra ninguém, eles finalmente chegaram. Já passava um pouco das dez da manhã, mas a minha amiga até ficou aliviada em saber que talvez só tivessem perdido o começo da cerimônia.

Conforme eles entravam na chácara, ela notou uma coisa muito estranha. Quase não tinham carros no estacionamento e o local estava muito quieto. Só ouviam umas batidinhas de louça, que vinham de um salão. Quando eles chegaram ao salão, não tinha ninguém, somente uns funcionários do local arrumando umas mesas. Mas pelo menos a churrasqueira estava acesa, então já era um bom sinal.

Quando o funcionário os viu, veio conversar:

- Bom dia, pois não?

A minha amiga que respondeu. Pois lembre-se, homens não gostam de perguntar:

- Bom dia. A gente veio para o casamento da Ideralda. Não eram dez horas?

Ela disse que o funcionário ficou com uma cara de quem não estava entendendo nada, mas gritou para um outro que estava mais no fundo do salão se aquela festa que eles estavam preparando era do casamento da Ideralda. O moço lá do fundão respondeu:

- O casamento da Ideralda é amanhã. Hoje é o batizado do neto do Seu Pedro.

Pois é. Eles foram para o casamento no dia errado. Ela foi embora dando chute na sombra e com uma fome danada que o cheiro dos espetinhos do batizado do neto do Seu Pedro tinham provocado nela.

Mas no dia seguinte, eles estavam lá novamente para assistir o casório. Ele a proibiu terminantemente de contar essa história para os outros, e cada vez que alguém comentava o quão difícil tinha sido chegar lá, ela só respondia:

- É mesmo? Nossa! Nós chegamos aqui rapidinho...

Mas agora eu me vinguei e contei essa história pra todo mundo. Quer dizer, tô me vingando por ela :)







sexta-feira, outubro 06, 2006

Ahh tá bom vai, eu sei que tá todo mundo empapuçado desse negócio de Japão, Austrália e USA, mas os banheiros no Japão valem um post. Eu juro ! :)



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No Japão existem dois tipos de banheiros. Os ocidentais e os orientais, e esse aí da foto é o banheiro oriental. Sim, o banheiro oriental nada mais é do que um vaso sanitário, só que enterrado no chão. Até onde eu sei, a vantagem desse banheiro em relação ao ocidental é que ele evita qualquer tipo de contaminação, pelo simples fato de você não ter contato direto com o vaso sanitário. E é muito comum encontrar esse tipo de banheiro até nas lojas de departamento mais sofisticadas em Tokyo.

E tem uma coisa interessante pra se usar eles também. É que as japonesas morrem de vergonha do barulhinho que o xixi faz quando cai na água. Então enquanto elas fazem o xixi, elas dão descarga. Assim um barulho disfarça o outro. Esse da foto, por exemplo, já é ecologicamente correto. Ali na parede tem um sensor de movimento, que só imita o som da descarga quando você esta em posição estratégica.

Dessa vez eu nem me atrevi a chegar perto de um deles, mas confesso que sofri muito pra usar um treco desses quando morei no Japão. Na fábrica onde eu trabalhava só existiam banheiros orientais e cada vez que eu precisava fazer um simples xixizinho, era quase um parto, porque eu tinha que tirar toda a roupa, com medo de errar o alvo.

Mas passado um tempo eu pensei : Bom, se vou ficar nessa terra um ano, e cada vez que for ao banheiro eu tiver que tirar toda a roupa, vou passar 6 meses só no banheiro!

Depois de tal conclusão, aprendi a usar o bendito. Tali e quali as japonesinhas . Inclusive com descarga :)

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Mas os banheiros ocidentais são cheios dos tric tric. Eu já conhecia esses assentos que são cheios dos botões, mas nunca tinha usado. Antes todos os botões só vinham escritos em japones, mas dessa vez encontrei vários escritos em inglês, então usei e abusei deles :)

Os comandos nada mais são do que uma ducha mais forte, ou mais fraca. O famoso botão que imita o som da descarga, e um botão para aquecimento do assento. Se você pensar que tem que sair da cama no quentinho em pleno inverno pra sentar num vaso gelado, até que esse botão é bem útil.

E ele esquenta mesmo! Numa noite eu esqueci esse botão ligado, e na manhã seguinte quando fui usa-lo quase tive uma queimadura de terceiro grau nos paises baixos, hahaha!

Mas banheiro pago no Japão eu nunca tinha visto! O dia que saí com a minha amiga Marcia Millaré, nós fomos almoçar num restaurante chamado Royal Host, no Harajuko. Não sei porque, mas não tinha banheiro dentro desse restaurante. Pra usar o banheiro você precisava sair de dentro dele e usar um comunitário que era dividido com clientes de outros restaurantes no mesmo local .

Eu já fiquei sismada quando tentei abrir a porta do banheiro e não consegui, e do lado dela tinha uma maquina com luzinhas vermelhas marcando Y100 ( hyaco ien, que é o equivalente a 1 dolar). Depois de forçar a porta por alguma tempo, sem conseguir abri-la, eu me conformei que teria que colocar Y100 na máquina para conseguir usa-lo.

Após colocar o tal moeda, para a minha surpresa, a porta não abriu! A essa altura eu já estava indignada de ter perdido a minha moeda de Y100 e se a minha vontade não fosse tão grande, juro que teria ido embora. Mas não teve jeito, coloquei mais uma moeda na máquina e comecei a esmurrar a porta.

Quem disse que ela abriu? Já tinha perdido Y200, tava a ponto de fazer nas calças e tinha acabado de descobrir que a porcaria da máquina tava com defeito. Enquanto eu esmurrava a porta tentando abri-la, apareceu um senhor, e com meu japonês macarrônico eu dizia a ele que a porta não queria abrir. Ele foi super gentil, e resolveu chamar um funcionário do restaurante.

Quando o funcionário apareceu, ele ficou explicando para o senhor e pra mim, que a porta tinha todo um jeititinho especial para abrir. Após ele colocar uma moeda na máquina, a porta finalmente abriu para eu entrar. Nesse momento, vi a coisa mais fantástica da minha vida. Enquanto eu me dirigia ao meu trono, a tampa do vaso ia se levantando sozinha para eu sentar. Fiquei pasma quando vi aquilo !

Mas pensando bem, era o mínimo que aquela disgramada podia fazer por mim, depois de ter me arrancado duzentos yens :)

quarta-feira, outubro 04, 2006

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Watsons Bay

Sydney tem uma vizinhança que também vale a pena conhecer. A partir do Circular Quay você pode pegar um ferry e ir até Watsons Bay almoçar no famoso restaurante Doyles. O restaurante é super agradável, mas a comida não vale o preço. Achei muito caro!

Depois do almoço, pra fazer digestão a gente resolveu caminhar por uma trilha dentro de um mini parque chamado The Gap. O lugar proporciona vistas espetaculares, inclusive da Baia de Sydney. Foi tempo suficiente pra fazer digestão e pegar o ferry de volta para o Circular Quay.

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Bondi Beach

Mais um ponto para Sydney. Há 30 minutos de ônibus ou ferrys você pode desfrutar de praias belíssimas. Aqui é Bondi Beach, que foi eleita a minha preferida. Parece que por causa do mar agitado ela é a preferida dos surfistas também. Eu só molhei meus pézinhos na água e pude perceber como a água é super gelada. E parece que no verão a temperatura não muda muito não ...

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O mar tem uma cor linda e a areia é super fofa.

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Manly Beach

Mas parece que a praia preferida dos Sydneys e das Sydneyas é Manly Beach. O ferry saiu lotado de gente para lá. Eu já tinha lido em alguma lugar que as sydnéyas gostam de tomar banho de sol de shorts, e lá pude comprovar isso com os meus próprios olhos :)

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Blue Mountain

No último dia alugamos um carro e fomos um pouquinho mais longe. Blue Mountain fica há duas horas de Sydney e é um lugar super agradável pra se passar o dia. O ponto alto de lá é essa formação rochosa conhecida como 3 sister. Tem uma trilha legal no meio do mato que te leva até uma cachoeira, mas a gente só conseguiu andar a metade dela.

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E nesse mesmo dia tive a oportunidade de visitar o Featherdale Wildlife Park, um parque onde é possivel chegar bem perto dos animais, inclusive alimentar canguros. Quase chorei quando vi vários canguros e coalas ao meu redor :)

Afinal ir para Austrália e não ver cangurus é a mesma coisa que ir Paris e não ver a Torre Eifel :)

E assim terminaram os dias maravilhosos que passei na Austrália ;)


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Mais fotos aqui no flick

segunda-feira, outubro 02, 2006

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Eu não sei como, mas a Denise realmente acertou quando ela disse que eu estava podre de chique na foto ali de baixo. Caminhando no belíssimo Jardim Botânico de Sydney, de repente eu passei embaixo de uma linda árvore e só ouço um plof, vindo lá de cima!
É, quando eu vi já tinha tomado um banho de caca amarela de um passarinho que estava num topo de uma árvore. Molhou meu cabelo, meu óculos e respingou toda a minha blusa.
Tentei relaxar, afinal eu estava de férias e além do mais o passarinho era australiano. Não é todo dia que a gente tem a oportunidade de ser batizada por um passarinho internacional :)
E o passei o resto do dia com essa roupa. Se ainda estava chique eu não sei, mais pobre com certeza eu estava :)

domingo, outubro 01, 2006

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Depois de nove horas de viagem e com uma hora a mais no relógio chegamos em Sydney. Como eu já havia dito, achei a cidade linda! Tudo muito limpo, seguro e o povo muito hospitaleiro. Achei bem grande a quantidade de imigrantes asiáticos espalhados pela cidade.

A boa impressão veio desde o aeroporto, com cartazes de Boas Vindas a todos os turistas espalhados por todos os lados. Achei engraçado porque no site do consulado dizia que era preciso tomar vacina contra febre amarela, mas lá ninguem nem olhou minha carteira de vacinação. Entrar com comida na Austrália é uma outra novela, se for da China então esquece! Como eu tinha algumas guloseimas compradas no Japão( quem ve minha mala pensa que passo fome aqui no Brasil, porque sempre ta cheia de comida ha ha ha ) , fui obrigada a ir pra uma fila explicar que aquilo era japonês e não chinês.

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Tudo explicado, pegamos um taxi e vinte minutos depois estávamos no hotel. Depois de um banho revigorante já partimos para explorar a cidade. Ficamos só 6 dias em Sydney, mas foi o suficiente para "ver" a cidade. O ruim é que quando você tá ficando malandro, e conhecendo os melhores lugares pra comer, como ir de um ponto a outro da cidade gastando menos e quando se encontra uma internet baratésima pra usar, já está na hora de voltar pra casa.

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Mesmo assim conseguimos fazer bastante coisa. Visitamos uma réplica de um navio usado pelo Capitão Cook pra explorar sei lá o que ( é, esqueci de novo o lugar que ele foi com o navio). Fomos no Aquário de Sydney, que segundo a propaganda é um dos maiores do mundo. Fomos várias vezes admirar a Baia de Sydney com a sua imponente Harbour Bridge e o Opera House. Fomos no observatório situado no bairro do The Rocks, que é o mais antigo de Sydney e na minha opinião o melhor lugar pra se hospedar lá, já que ele fica pertinho do Circular Quay, que é de onde partem todos os ferrys para várias partes da cidade.

O Jardim Botânico e a Galeria de Artes são dois lugares lindos também pra se visitar. E o melhor de tudo, são de grátis :) É incrível como essa palavra ganha um sabor especial quando estamos viajando ...

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Mas uma coisa me decepcionou em Sydney. Ao contrário da minha amiga Mirellita e vários guias que eu li, eu não gostei da comida em Sydney. Fora os famosos Fish and Chips não comi nada lá que realmente me fizesse dizer: ohhh que delícia! Ahh os Scones ( uns pãezinhos com uma massa bem macia, parecido com pão caseiro) que eu já tinha visto no blog da Thais, são bem gostosinhos mesmo! E também achei Sydney uma cidade muito cara! Não sei se é o fato da gente ter se hospedado numa região bem turistona, mas a comida é muito cara lá. Ahh e o transporte também. Mesmo comprando passe do Monorail nosso maior gasto foi com refeição e transporte.

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Como vocês podem ver pelas fotos, pegamos dias de sol maravilhosos por lá. É um lugar que com certeza vale a visita. Talvez o único defeito de Sydney seja a distância. Ahh e talvez o fato de eu não ter nascido lá :)

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Próximo Capítulo : Watson Bay, Bondy e Manly Beach, e Blue Mountain :)
Mais fotos aqui no flick