terça-feira, fevereiro 03, 2009

Diário de Bordo - Sapporo


Dentre os vários motivos que nos fizeram voltar a Sapporo, um deles com certeza também foi o frio. Sim, eu adoro frio. Adoro sair do avião e caminhar pelo finger, sentindo aquela brisa gelada que entra pela roupa e te congela a espinha :)

E como a maioria das pessoas, até aquelas que não gostam do frio, acho divina a paisagem coberta de neve, especialmente num dia de sol. E nesse quesito, Sapporo também não nos decepcionou. Não é a toa que Sapporo também é chamada de cidade abençoada pela neve ;)

Também tenho muito mais disposição num dia frio. Eu ando o dia inteiro e no final do dia, não me sinto exausta, inchada e nem melada de suor, como frequentemente me sinto aqui no verão.

E voltar a Sapporo nos deu a oportunidade de descobrir coisas e lugares que nem imaginávamos que existia quando morávamos lá, como por exemplo, que ela é famosa por sua receita de lamen - chamado de ramen pelos japoneses - feito a base de missô, e que tem até um mini shopping com cerca de 20 lojinhas dedicadas a essa iguaria, conhecido como Ramen Yokocho.



A loja escolhida por nós, era desse senhor timidamente simpático, chamada Banraiken Second Stage, e dessas mãos sairam generosas tigelas de ramen, perfeitas pra alimentar e aquecer o fim de uma noite bem fria. As duas fotos eu tirei daqui, já que estava tão preocupada em comer, que nem me lembrei de tirar fotos ;0)

E Sapporo, tal como Tóquio, também tem sua torre de tv, onde é possível subir e se ter uma vista geral da cidade. A torre tem 147 metros, mas o deck de observação, fica a 90 metros do solo. Ficamos pouquíssimo tempo lá em cima, primeiro porque já era o dia de ir embora e precisávamos voltar no hotel para pegar nossas malas, e segundo, porque a torre balançava um pouquinho e o Rogério ficou desesperado querendo ir embora de lá :-)

Aqui, um video curtinho que fiz lá de cima, e o parque que se ve abaixo é onde acontece o Yuki Matsuri ( Festival de Neve). E tem mais algumas fotos no Flickr.

Espero que vocês gostem da minha ex-eterna cidade :-)

domingo, fevereiro 01, 2009

A vida começa aos 40


Essa semana, o senhor meu marido completa 40 anos, e como 40 anos é um marco na vida de qualquer um, começamos a comemorar hoje e só terminaremos no domingo que vem :o)

sábado, janeiro 31, 2009

Pela hora da morte

A amiguxa Ana me perguntou num post lá embaixo, se no Japão os preços são pela hora da morte ou se dá pra comprar alguma coisa. Eu pensei um pouquinho, e resolvi fazer um post sobre o mito de que no Japão tudo é caríssimo.

A minha impressão é de que não, não é tão caro assim. Claro que existem hotéis, restaurantes, lojas de departamento chiquérrimas e carésimas como toda cidade com o mesmo apelo turístico de Tóquio, mas dá pra se fazer uma viagem pra terra do sol nascente sem tem que vender a alma pro diabo primeiro.

O hotel que ficamos em Tóquio, provavelmente tinha uma tarifa especial para a companhia onde o Rogério trabalha, mas pra se ter uma idéia, o custo total da minha hospedagem cobrada a parte pelas 3 noites ficou em 70 dolares. E durante o tempo que zanzei pelos guias e foruns de viagem, vi muita dica interessante de hospedagem em Tóquio por preços bem acessíveis. Aliás, a melhor maneira de se encontrar dicas pra tudo que se precisa quando se vai para algum lugar com certeza são esses foruns, como o do Trip Advisor . Eu usei e abusei deles enquanto planejava as minhas férias.

Em Sapporo também tem hotéis com preços para todos os bolsos, então imagino que no restante do Japão também seja assim.

Lojas de roupas de marca no geral tem preços maiores que as dos Estados Unidos, mas fiz questão de olhar preço de batons em quiosques da Shiseido, Mac, Kanebo, Shu Uemura e constatei que os preços não são diferentes das lojas na terra do Tio Sam. Agora roupa normal, acho que tudo também depende do lugar onde se compra. Comprei cachecol na promoção por 10 dolares num mercado - depato - perto do hotel em Tóquio, que foi o mesmo preço que paguei no Canadá no ano passado.

Agora os lencinhos - meu objeto de desejo como relatado no post abaixo - custavam o olho da cara. Vi lenços de 30, 50, 75, 100, 150 dolares !!! E eu que achava que fosse me esbaldar comprando lenços, dancei. No fim, achei 3 minúsculos da YSL numa bacia e comprei, por também 10 dolares cada um.

Quanto a comida também dá pra comer razoavelmente bem com 10 a 15 dolares. Mas se tratando de pratos a base de carne, pode ser um pouco mais caro. Mas como todo lugar, também tem o fator "onde" você vai comer. Por exemplo, quando estive em Tóquio há três anos, fomos num Izakaya em Shibuya comer Yakitore e foi muito caro. Por cerca de 3 espetinhos minúsculos e uma cerveja, custou coisa de 30 dolares. Saímos de lá e fomos comer no KFC porque não tinha matado a fome. Agora como dessa vez fomos com um "local" e não num bairro da moda, a conta ficou na casa dos 100 dolares, mas para 3 pessoas, com muita cerveja e espetinho até sair pelo nariz.

Em Sapporo comer fora também não é tão caro, desde que não seja o prato nacional, que são os caranguejos gigantes. Um kilo dessa iguaria pode chegar a custar quase 100 dolares. Nos restaurantes então, nem imagino quanto custe.

Transporte sim achei muito caro. O trajeto que fiz de trem e metrô para ir no templo em Asakusa - que levou coisa de 30 ou 40 minutos - ida e volta me custou 12 dolares . Claro que deve haver aqueles passes diários para turista, mas o problema é que no meu caso não valia a pena, já que a linhas não eram intercambiáveis, e na última linha, eu teria que comprar o passe.

Enfim, acho sim que é viável fazer uma viagem para o Japão com planejamento e bom senso, sem ir a falência. E com a certeza de que no final dela, valerá cada tostão que foi gasto :)

quinta-feira, janeiro 29, 2009

Hoje eu fui assim


E ontem também e amanhã também ...

O hoje eu vou assim é um blog onde a dona publica diariamente as roupas que ela usa para trabalhar e resolvi mostrar a minha roupa também, que ao contrário dela, será todo o dia a mesma.

Desde o começo do ano nós começamos a usar uniforme, mas como eu estava de férias, a minha experiência começou essa semana. Na verdade a gente já "quase" que usava um uniforme, que era um terninho preto com camisa branca, mas como foi mudando muito o quadro de funcionárias no último ano, a maioria estava indo trabalhar de roupa normal mesmo, inclusive eu. E além do mais, o outro era um terninho bem fuleiro, comprado pronto numa daquelas lojas da José Paulino, mas o dessa vez pelo menos foi feito sob medida pra cada uma de nós. E além de ser forrado, o tecido é de melhor qualidade.

A diferença ficou por conta da cor e do modelo das camisas. A cor da vez é um azul ( mas aparece bem clarinho na foto) tom cobrador de ônibus da Cmtc ( só quem é de SP vai entender a piada). E nessa foto eu estou usando uma camisa com manga 3/4, por isso estou sem o blazer, mas tem também a camisa de manga curta com corte tradicional.

O lencinho não faz parte do uniforme, mas como eu adoro, e sempre usei no trabalho - ele até acabou se tornando minha marca registrada lá no jornal - eu resolvi que não iria abandoná-lo :)

Os partidários a favor do uniforme, dizem que é bom, porque você não gasta suas roupas usando para trabalhar, e os não-partidários dizem que com o tempo da um enjoou do cão se olhar no espelho e se ver todo dia com a mesma roupa.

Eu ainda não sei se gostei ou não dá idéia, mas se conseguir convencer meu chefe a nos comprar bolsas, sapatos e perfume - pra fazerem conjunto com o uniforme - essa nova norma tem grandes chances de ganhar outra adepta ;)

terça-feira, janeiro 27, 2009

Diário de Bordo - Odaiba / Harajuku


Odaiba é uma ilha artificial de Tóquio construída sobre entulhos e tem também uma praia que é invadida pelos japas no verão. O pier é enorme e lotado de lojas e atrações, mas como é inverno estava para as moscas. Alem do Joypolis, que é o parque da Sega que a gente foi, tem também o Pallete Town, que também é um parque de diversões enorme e abriga uma roda gigante - gigante mesmo - que segundo as informações que li é a segunda maior do mundo, só ficando atrás da London Eye.

Parece que tem bastante opções de compra e lazer por lá, mas só ficamos na parte da manhã e dentro do parque, porque queríamos ir para Harajuku a tarde, por isso não vimos tudo. Inclusive tem também uma réplica da Estátua da Liberdade que embora eu até tenha procurado por ela, infelizmente não vi.

Fiz um video curtinho da ilha, e pelo barulhinho dos pássaros - e do corvo - dá pra ver como estava super tranquilo o dia que estive lá.


A tarde fomos para o Harajuku porque eu queria ver as famosas Harajukus Girls, mas não tinha nenhuma delas lá. Aliás, essa foi a única que consegui fotografar, mas assim de costas, hehehe. A noite nós voltamos nesse bairro para jantar com o primo do Rogério e depois fomos até um karaoke, e lá tinham três meninas super graciosas, e eu já estava pronta para fotografá-las quando pedi ao Léo que pedisse autorização á elas, mas elas negaram ;(

Mas fazer o quê né? Não é só porque você resolve sair com uma melância pendurada no pescoço que isso da ás pessoas o direito de te fotografar ...

Quanto ao nosso jantar, foi muito legal. O Léo levou a namorada dele japinha chamada Maki, que é uma graça, e um amigo que está morando com eles da Nova Zelandia, chamado Matt. Ele também nos levou num local bem diferente pra comer um prato japonês, que segundo ele é bem tradicional, chamado okonomi-yaki que eu nunca tinha ouvido falar, muito menos provado. O okonomi-yaki é bem parecido com a nossa fritada de ovos, e além claro do ovo, vai uma porção de ingredientes, como cebola, bacon, queijo etc e no final é coberto com um molho adocicado, maionese e alga. Parece estranho, mas acreditem, eu achei muito bom.
O legal do okonomi-yaki é que, como várias outras comidas japonesas, você mesmo prepara ali na mesa, sobre uma chapa quente, conversando e bebendo com os amigos, enquanto todos participam do preparo da refeição. Acho que isso cria um ambiente bem intimista.

Depois da comilança, partimos para um karaokê, alí em Harajuku mesmo. No começo eu confesso que estava até meio receosa e com vergonha, mas depois de uma birita e da terceira música, gostei tanto do negócio que já estava quase saindo no tapa com meus novos amiguxos, pra arrancar o microfone da mão deles.


E pobre Bill Murray se me visse cantar essa música :)

Mas como eu ainda tenho algum juizo, não vou colocar o video aqui, e sim deixar isso pra quem realmente entende do riscado :)

Mais fotos, aqui